Publicidade

EUA, Brasil e Iraque derrubam bolsas em toda a Europa

Por Agencia Estado
Atualização:

As incertezas sobre a recuperação da economia norte-americana, a crise com o Iraque e as eleições no Brasil derrubaram todas as bolsas da Europa nesta segunda-feira. A bolsa de Madri encerrou o pregão em menos 3,53%, pressionado pelas preocupações com relação ao Brasil. Com a provável vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, na eleição presidencial este domingo, os investidores estão preocupados com relação as perspectivas para a maior economia da América Latina, onde as maiores empresas espanholas têm enorme exposição. Também contribuiu para a baixa o índice de atividade industrial dos Estados Unidos. Segundo os operadores, a persistente incerteza com relação a América Latina e os indicadores norte-americanos deverão voltar a pressionar as ações nesta terça-feira. Em Londres, a queda foi de 4,75%), nível, em pontos, mais baixo desde 31 de julho de 1996. O mercado operou todo o pregão em baixa que se acentuou depois da divulgação, nos EUA, do índice de atividade industrial. A baixa afetou todos os setores, como o financeiro, seguradoras, petróleo, mineração e tecnologia da informação. Um investidor disse que o mercado londrino deverá continuar acompanhando a tendência das bolsas dos EUA. Em Paris, a queda atingiu 5,87%, o maior desde 17 de novembro de 1997. O mercado francês sofreu o impacto das quedas das bolsas dos EUA na sexta-feira e hoje. O temor de uma nova recessão nos EUA foi renovado após a divulgação do índice de atividade industrial. Os investidores institucionais venderam ações para levantar dinheiro no último dia do trimestre. Segundo operadores, há esperanças de que o próximo trimestre seja melhor para as ações. Entre as ações que mais caíram estavam as dos bancos, seguradoras e tecnologia da informação. A bolsa de Frankfurt fechou em baixa de 5,13%, mas acima da mínima ao qual mergulhou em reação ao índice de atividade industrial dos EUA. Além das notícias externas, o mercado também reagiu negativamente as especulações de que o governo alemão poderá introduzir novos impostos e aumentar outros tributos existentes. Em Milão, a bolsa terminou o dia em queda 4,37%, o menor nível em pontos desde outubro de 1997. Investidores disseram que a incerteza com relação ao Iraque, os fracos indicadores divulgados nos EUA e a persistente fraqueza do mercado de ações norte-americano provocaram a baixa. O setor financeiro registrou perdas acentuadas. Em Lisboa, a baixa foi de 3,49%, pressionada pela liqüidação que atingiu as ações de telecomunicações e do setor bancário. Analistas disseram que o mercado teve um desempenho um pouco melhor que as demais bolsas européias, em parte, porque na semana passada havia tido um desempenho muito pior.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.