O Departamento do Tesouro dos EUA e a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) estão em conversações avançadas sobre um plano que poderá ajudar entre 2 milhões e 3 milhões de mutuários a evitar a execução de suas hipotecas, embora detalhes do programa ainda estejam sendo finalizados. "A decisão sobre se seguiremos com esse programa é atualmente um processo político na Casa Branca, então não posso fazer comentários", disse Corinne Hirsch, a porta-voz do Escritório de Gerência e Orçamento. Jennifer Zuccarelli, porta-voz do Tesouro, disse que detalhes do plano divulgados por alguns meios de comunicação são "imprecisos". Ela admitiu que o governo Bush considera novas medidas, além das já tomadas, para reduzir os níveis recordes de execução de hipotecas. "Como dissemos na semana passada, a administração procura formas de reduzir a execução de hipotecas e o processo está em andamento." O porta-voz da FDIC, Andrew Gray, também se negou a discutir as negociações. "Embora tenhamos tido discussões produtivas com o Tesouro e o governo sobre as opções para aumentar o crédito e as garantias de crédito, seria prematuro especular sobre qualquer formato final ou parâmetros para um potencial programa." Pessoas ligadas às discussões disseram que o plano pode envolver garantias federais parciais para hipotecas que seriam modificadas para que possam ser pagas pelos mutuários. Os recursos poderiam vir do programa de socorro de US$ 700 bilhões autorizado pelo Congresso no início do mês. Algumas estimativas sugerem que a ajuda aos mutuários poderia custar entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. A presidente da FDIC, Sheila Bair, falou sobre o assunto ao comitê bancário do Senado na semana passada. Ela evitou dar detalhes, mas sugeriu que garantias de crédito fariam parte do pacote.