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EUA e UE devem ficar com menos do que esperado em Doha-Mandelson

Por DOUG PALMER
Atualização:

Um novo acordo comercial "substancial" está ao alcance após seis anos de conversas, mas tanto os Estados Unidos quanto a União Européia deverão ficar com menos do que desejam, disse nesta quinta-feira o principal negociador comercial da UE. "Após seis anos, há mais um menos um acordo sobre a mesa. É substancial e valioso", disse o comissário de Comércio da UE, Peter Mandelson, em um discurso preparada para o evento Carnegie Endowment for International Peace. "Não é ideal para ninguém, e menos do que a Europa e a América originalmente esperavam... Não há nenhum grande triunfo negociador para ser levado para casa", acrescentou. Mas a alternativa -- o que faria com que a Rodada de Doha seja a primeira negociação comercial mundial a fracassar -- é inaceitável, por causa dos danos que levaria à confiança no sistema internacional de comércio, disse Mandelson. A afirmação de Mandelson de que países precisam reduzir suas exigências nas negociações veio alguns dias após o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, ter aconselhado contra o prolongamento das negociações em 2008. Isso segue-se a declarações na terça-feira do presidente dos EUA, George W. Bush, que disse que o país está comprometido a alcançar um acordo "positivo". A próxima semana marca o sexto aniversário do lançamento das negociações em Doha, Catar, com a meta de ajudar a aliviar os problemas de pobreza através da liberalização do comércio. Muitos especialistas acham que um acordo final exige que os EUA façam cortes profundos em seus subsídios agrícolas domésticos, que a UE também realize reduções em seus subsídios e tarifas agrários, e que países emergentes como Brasil e Índia abram seus mercados para mais bens agrícolas e manufaturados. Os Estados Unidos e a UE, assim como a Índia e outras nações em negociação, também querem derrubar barreiras estrangeiras sobre o setor de serviços.

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