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EUA esvaziam otimismo com China, mas Bovespa fecha no azul

Por ALUÍSIO ALVES
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A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com leve ganho uma sessão volátil nesta segunda-feira em que notícias animadoras da China e pavorosas dos Estados Unidos produziram uma verdadeira gangorra no ânimo dos investidores. O Ibovespa teve valorização de 0,3 por cento, aos 36.776 pontos. O giro financeiro foi de apenas 3,45 bilhões de reais, o menor em dez sessões. O pregão foi praticamente dividido em duas etapas. Na primeira, os investidores reagiram ao anúncio de um plano de 586 bilhões de dólares do governo chinês para estimular a economia contra os impactos da crise global. Logo nos primeiros minutos, o Ibovespa chegou a disparar quase 6 por cento. O movimento foi liderado pelas ações de empresas ligadas a commodities, que têm forte peso no índice, seguindo a subida dos preços desses produtos. Vale subiu 3,9 por cento, para 25,25 reais. Petrobras avançou 2,97 por cento, a 23,95 reais. Ao longo do dia, porém, o otimismo foi sendo consumido depois de notícias corporativas assustadoras dos Estados Unidos. As montadoras de veículos General Motors e Ford foram alvos de uma chuva de cortes de ratings e de reduções de preço-alvo das ações depois de anunciarem perdas bilionárias no trimestre e fazerem previsões muito negativas para 2009. Previsões desanimadoras para o Goldman Sachs e a seguradora AIG, ainda relacionadas à crise de crédito nos Estados Unidos, ajudaram a azedar o tom dos negócios. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,81 por cento. "Passada a forte turbulência que envolvia o sistema financeiro internacional, as atenções estão se voltando para as questões econômicas, guardando a continuidade da volatilidade para os negócios", disse em relatório divulgado esta tarde a corretora Planner. Com isso, ações domésticas que chegaram a liderar os ganhos do índice pela manhã reverteram completamente. Uma delas foi BM&F Bovespa, que fechou em queda de 4,8 por cento, para 5,39 reais. Outro destaque negativo foi Banco do Brasil, recuando 5,8 por cento, para 14,41 reais. O banco federal voltou a ser alvo de especulação sobre um anúncio iminente de compra da Nossa Caixa, que disparou 9,3 por cento, para 53,12 reais, a maior alta do Ibovespa.

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