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EUA não devem compensar sobretaxas impostas ao aço

Por Agencia Estado
Atualização:

É improvável que o governo norte-americano ofereça compensação aos países afetados pelas tarifas impostas pelos EUA sobre as importações de aço e produtos agrícolas, disse uma autoridade do Comércio dos EUA. O governo norte-americano tem sido fortemente criticado por sua política comercial na reunião da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que está sendo realizada em Paris. Contudo, o funcionário que pediu o anonimato, defendeu a política comercial dos EUA, argumentando que o apoio dos EUA na agricultura é pequeno em comparação ao suporte fornecido pelos governos da Europa e Japão. "Não acho que temos uma obrigação de fazê-lo e não estamos inclinados a fazê-lo", disse, referindo-se a possíveis compensações que os países exportadores possam receber para contrabalançar as elevadas tarifas sobre o aço e produtos agrícolas. O oficial observou que a tarifa média dos EUA sobre os produtos agrícolas é de 12%, em comparação aos 30% na União Européia e 50% no Japão. Ele aproveitou para dizer que a recém-aprovada farm bill, cujo custo está estimado em US$ 190 bilhões nos próximos 10 anos, está dentro dos níveis permitidos pela normas da Rodada Uruguai. A União Européia ameaçou impor 378 milhões de euros (US$ 343,6 milhões) em tarifas retaliatórias contra as mercadorias norte-americanas destinadas à Europa, em resposta à ação dos EUA. O oficial disse também que vem mantendo contato com a delegação do Japão na reunião da OCDE, liderada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Takeo Hiranuma. O oficial enfatizou que os EUA adotaram a mesma posição sobre as tarifas do aço com relação ao Japão e a UE, mas que não ficaria surpreso caso Tóquio também tome medidas de retaliação contra os produtos norte-americanos. "Eles não têm o direito de assumir medidas unilaterais contra nós e o histórico da OMC suporta essa visão", disse.

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