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EUA negam negociação com UE para evitar sanções

Por Agencia Estado
Atualização:

O subsecretário de Comércio dos EUA, Grant Aldonas, negou que o país esteja firmando um compromisso com a União Européia para evitar bilhões de dólares em sanções européias em disputa acerca das sobretaxas ao aço. O bloco de 15 países ameaçou impor tarifas no valor de US$ 2,2 bilhões sobre produtos importados dos EUA, de suco de laranja a pijamas, a menos que o governo do presidente George W. Bush retire as sobretaxas ao aço europeu e de outros países. A OMC deverá declarar que essas sobretaxas são ilegais em 1º de dezembro, em relatório oficial, abrindo caminho para que a UE imponha sanções cinco dias depois. Aldonas disse que espera que a UE vá retaliar, caso os EUA não derrubem as tarifas. Ele disse que o setor siderúrgico dos EUA tem "idéias" de como reduzir as tarifas, mas o governo não propôs nenhum compromisso com representantes europeus. "Não sei de nenhuma negociação em andamento agora", disse Aldonas. Representantes europeus têm afirmado repetidamente que não vão aceitar nada a não ser a remoção completa das sobretaxas. Aldonas disse que boa parte da reestruturação do setor siderúrgico dos EUA já ocorreu, indicando que Bush poderia argumentar que as sobretaxas cumpriram seu propósito e que é tempo de retirá-las. Bush também está sob pressão de consumidores de aço, incluindo pequenos empresários, para remover as tarifas. ldonas afirmou que o atual ambiente de mercado, em que a demanda crescente da China está estimulando uma elevação dos preços, favorece a continuação da reestruturação entre as usinas siderúrgicas dos EUA. Aldonas disse que a decisão de Bush vai basear-se em dois fatores: a extensão da reestruturação nos EUA e a obrigação do país em seguir as determinações da OMC. Ele rebateu críticas de que o governo de Bush é protecionista, após a decisão dos EUA na semana passada de impor cotas sobre certos produtos têxteis chineses, por causa do excesso de importações. "A idéia de que há uma tendência geral de protecionismo é equivocada", afirmou.

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