23 de março de 2009 | 08h56
Os mercados receberam bem a notícia, ao contrário da decepção mostrada no mês passado ao esboço de uma parceria público-privada anunciada pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner.
Ainda restam questões sobre como os ativos serão precificados.
Inicialmente, o Tesouro vai colocar 75 bilhões a 100 bilhões de dólares para lançar as parcerias, tirando dinheiro do pacote de resgate de 700 bilhões de dólares aprovado pelo Congresso em outubro, segundo informou uma autoridade do governo.
O dinheiro do governo será colocado lado a lado com capital privado e então alavancado a até 500 bilhões de dólares, ou possivelmente o dobro desse valor, com a ajuda do Federal Deposit Insurance Corp, um regulador bancário norte-americano, e do Federal Reserve.
Geithner escreveu no Wall Street Journal desta segunda-feira ser necessário fazer algo para limpar os bancos e retomar o fluxo de empréstimos.
"Simplesmente torcer para que os bancos resolvam esses ativos com o tempo corre o risco de prolongar a crise, numa repetição da experiência japonesa", afirmou ele, referindo à década de estagnação econômica no Japão nos anos 1990.
Sob o programa de Geithner, o governo fornecerá a maior parte do financiamento para comprar os ativos, para encorajar os investidores privados a participar.
Geithner explicará o plano em discurso às 9h45 (horário de Brasília).
"Se as autoridades norte-americanas de fato tiverem êxito em comprar até 1 trilhão de dólares em ativos podres, será um passo significativo", disse Mamoru Yamazaki, economista-chefe do RBS Securities.
"No entanto, os mercados ficarão desapontados se o programa não caminhar devido a problemas sobre como os ativos serão precificados."
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