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EUA perdem liderança no País

Alemanha e Países Baixos ocupam o topo do ranking

Por Fernando Nakagawa e BRASÍLIA
Atualização:

A crise nasceu nas hipotecas nos Estados Unidos. Por lá, o crédito fácil dado pelos bancos fez o setor imobiliário crescer como nunca até meados de 2008. A bolha, porém, estourou. Com isso, instituições financeiras, imobiliárias e construtoras foram obrigadas a cortar drasticamente projetos no exterior. O Brasil não foi poupado. Números do Banco Central mostram que esses três segmentos cortaram US$ 1,82 bilhão em investimentos na comparação entre os primeiros quadrimestres de 2009 e 2008. Só os aportes feitos pelos bancos despencaram 87,8%. Dos Estados Unidos, os recursos para o Brasil caíram 56%. Os prejuízos bilionários dos bancos após o agravamento da crise em setembro do ano passado abortaram qualquer plano de expansão. Entre janeiro e abril, instituições financeiras enviaram ao mercado brasileiro US$ 206 milhões em investimentos. O valor corresponde a pouco mais de um décimo enviado em igual período de 2008, antes de qualquer sinal da crise. Nos quatro meses de 2008, o aporte havia somado US$ 1,68 bilhão. Assim, bancos caíram da segunda posição no ranking dos setores mais que investem no País para o sétimo lugar. Da mesma forma, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) com origem nos Estados Unidos caiu para US$ 1,17 bilhão no quadrimestre, menos da metade dos US$ 2,67 bilhões enviados em 2008. Com essa queda, os EUA perderam o primeiro lugar no ranking dos que mais investem no Brasil. Alemanha e Países Baixos passaram a maior economia do mundo, que ocupa agora o terceiro posto. "A despeito da queda no volume total de investimentos que se deu em decorrência da crise internacional, os Estados Unidos seguem entre os principais países que investem no Brasil", afirma o presidente da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico. "A participação continua sendo muito expressiva."

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