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EUA podem destinar US$ 35 bilhões para agências imobiliárias

Obama oferecerá impulso ao mercado, porém sob pressão do congresso, afirma o The Wall Street Journal

Por Nathália Ferreira e da Agência Estado
Atualização:

O governo Obama está perto de comprometer ao menos US$ 35 bilhões para ajudar agências imobiliárias locais e estatais a continuar oferecendo hipotecas para famílias de baixa e média renda, disseram autoridades do governo ao jornal The Wall Street Journal. A ação firmaria ainda mais o papel do governo em impulsionar o mercado imobiliário, mesmo com alguns congressistas pressionando por cortes de gastos diante da dívida crescente.

 

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O esforço, que pode ser anunciado esta semana, visa aliviar a pressão sobre as agências de finanças imobiliárias operadas pelo governo, que têm dificuldades em obter financiamento. Essas agências são uma pequena parte do mercado imobiliário, mas são cruciais para muitos compradores do primeiro imóvel e famílias de baixa renda, que conseguem nas agências taxas hipotecárias menores do que se recorressem a um credor do setor privado.

 

Autoridades do governo estão preocupadas que essas agências pararam de conceder novos empréstimos, exacerbando os problemas no mercado de imóveis. Os detalhes ainda estão sendo finalizados e o plano precisa de aprovação formal do secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, e da Casa Branca.

 

No programa, que pode durar três anos, o governo essencialmente compraria títulos de dívida da qual essas agências imobiliárias dependem para financiamento. O Tesouro, junto às gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, deve comprar ao menos US$ 20 bilhões em novos bônus emitidos pelas agências estatais. O Departamento também vai oferecer US$ 15 bilhões em financiamento adicional, conforme necessário, para ajudar as agências a continuar utilizando o financiamento barato de curto prazo, afirmou o WSJ.

 

Se a agência imobiliária não pagar as obrigações de dívida, os contribuintes podem perder. O Tesouro planeja cobrar tarifas das agências que quiserem vender novos bônus de longo prazo para o governo com base em fatores de risco individuais, para ajudar a reduzir o risco de calote e proteger os contribuintes.

 

Os recursos para o programa viriam da Fannie Mae, da Freddie Mac e do Tesouro, utilizando sua autoridade dentro do Ato de Recuperação Econômica e Imobiliária, de 2008.

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No total, essas agências financiam hipotecas para cerca de 2,6 milhões de famílias, de acordo com o Conselho Nacional de Agências Imobiliárias Estatais. As agências não estão com problemas devido a empréstimos subprime ou ruins, mas sim porque têm dificuldades em encontrar investidores dispostos a comprar a combinação de bônus tributáveis e isentos de tributação que elas vendem para financiar hipotecas. As informações são da Dow Jones.

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