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EUA podem fazer concessões agrícolas para Doha

Por DOUG PALMER
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Os Estados Unidos estão dispostos a fazerem concessões agrícolas importantes como parte de um novo acordo sobre o livre-comércio mundial, caso outros países ofereçam maior abertura para exportações norte-americanas, afirmou nesta sexta-feira o presidente George W. Bush. "Desejamos fazer concessões importantes no setor agrícola, mas esperamos que outras nações abram seus mercados para bens manufaturados e serviços", disse Bush, durante uma entrevista coletiva em conjunto com o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd. Bush afirmou que a Rodada de Doha, que está agora no seu sétimo ano, foi o grande assunto de sua conversa com Rudd. "Ele disse que é possível ter sucesso na Rodada de Doha. Ele também acredita que nós deveríamos trabalhar para o sucesso de Doha", declarou Bush. Na segunda-feira, o negociador-chefe do Brasil para Doha, Roberto Azevedo, afirmou que os negociadores estão mais perto do que nunca de um acordo, mas ainda não há certeza de sucesso. Os Estados Unidos e a União Européia são pressionados para realizarem cortes profundos em suas tarifas e subsídios agrícolas, enquanto as nações em desenvolvimento, como Índia e Brasil, teriam de abrir seus mercados em troca, para um acordo ser realizado. Os negociadores têm trabalhado em Genebra visando uma possível reunião ministerial em abril ou maio, quando poderia ocorrer a tão esperada solução para o impasse. "Se toda a economia global precisa de uma injeção de confiança psicológica no braço, isso poderia ocorrer agora, e isso pode ser alcançado com um resultado positivo em Doha", declarou Rudd. Um acordo bem-sucedido pode apenas ser feito se todos os principais players globais --incluindo o Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia e o grupo de exportadores agrícolas liderado pela Austrália (Cairns)-- fizerem sua parte, disse Rudd.

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