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EUA se beneficia com aumento de gastos militares de Israel

Israel já destina 20% de seu orçamento para as Forças Armadas - quem mais se beneficia desses gastos são as empresas de armamentos dos Estados Unidos, que garantem um fornecimento privilegiado

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde o início da intifada - levante palestino -, Israel tem aumentado seus gastos com segurança e o país já destina 20% de seu orçamento para as Forças Armadas. Quem mais tem se beneficiado desses gastos, porém, são as empresas de armamentos dos Estados Unidos, que, diante da parceria estratégica entre os dois países, conseguem dominar o mercado israelense e garantir um fornecimento privilegiado. Na realidade, o dinheiro gasto por Israel na importação de armas norte-americanas vem do próprio governo dos Estados Unidos. A Casa Branca destina quase US$ 9 bilhões por ano ao governo de Israel, seja por meio de ajuda externa, pacotes para o aperfeiçoamento de infra-estrutura e mesmo envios da colônia judaica nos Estados Unidos. Quase metade desse valor, porém, é utilizado para a compra de armamentos. Segundo o Instituto de Pesquisa de Paz de Estocolmo, uma das principais ongs dedicadas ao desarmamento, Israel é um dos países que mais gasta recursos públicos no setor militar per capta. No ano passado, o país foi o décimo maior consumidor de armas no mundo, no valor de quase US$ 4 bilhões. Nos últimos dois anos, Israel adquiriu da empresa norte-americana Lockheed Martin mais de 100 jatos F-16 e o país já conta com mais de 330 dessas aeronaves, a segunda maior frota desse tipo de aviões no mundo, superado apenas por Washington. Segundo especialistas em segurança, além dos F-16, os Estados Unidos venderam aviões como o F-4E Phantom e o F-15 Eagle, um dos mais modernos aviões de combate. As vendas norte-americanas a Israel ainda incluem helicópteros, entre eles, 57 Cobra Attack e mais de 40 AY-64 Apache Attack. Mas a ajuda norte-americana não se limita a dar recursos para que Israel compre armamentos dos Estados Unidos. Washington também financia a construção de tanques. O problema é que esses tanques se utilizam de motores produzidos nos Estados Unidos e, portanto, as empresas norte-americanas acabam tendo que vender peças e oferecendo manutenção. Se não bastasse todo essa "ajuda", o Pentágono envia todos os anos armas excedentes de seus estoques, sempre a preços reduzidos. Segundo a ong sueca, 65 mil fuzis M-16, 2,5 mil lança-granadas M-024 e mais de 1.000 metralhadoras M-2, todas de fabricação norte-americana, chegam aos soldados israelenses.

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