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EUA sugerem fortalecimento do comércio com o Brasil

Representante de Obama pede discussão sobre acordos de cooperação em investimento e comércio

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Por Renato Andrade
Atualização:

O representante de Comércio dos Estados Unidos, embaixador Ron Kirk, sugeriu hoje, em encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, a discussão de novos instrumentos jurídicos que permitam o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países. Em entrevista coletiva ao lado de Amorim, após o encontro, Kirk afirmou que é do interesse dos EUA fortalecer o comércio com o Brasil. "O comércio é bom, mas, certamente, não é o que poderia ser", disse o representante do governo Barak Obama.

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Segundo relato de Amorim, Kirk sugeriu a discussão sobre acordos de cooperação em investimento e comércio, conhecidos nos EUA pela sigla "Tifa". "Nós estamos abertos a conversar sobre esses instrumentos, novos e criativos, mas sempre tendo em mente que o Brasil tem obrigações dentro do Mercosul", disse o ministro brasileiro. Amorim afirmou diversas vezes, durante a entrevista, que o Brasil não vê empecilhos na discussão de acordos desse tipo, mas, "em hipótese alguma, entrará em negociações que firam os princípios do Mercosul."Amorim voltou a afirmar que o Brasil ainda não tomou uma decisão sobre impor ou não aos EUA medidas de retaliação à concessão de subsídios pelo governo daquele país aos produtores de algodão. Segundo o ministro, o governo brasileiro sempre prefere uma solução negociada, mas, neste momento, está analisando as ações que serão necessárias, caso não haja mudança na política norte-americana: "Esperamos, ainda, que haja mudanças. Há espaço para negociações? Sempre há. Mas agora não é o momento de lançarmos conversações."Em resposta, ainda durante a entrevista dos dois, Kirk disse que o governo de seu país entende que é preciso aguardar o próximo passo do Brasil para discutir o que poderá ser feito sobre o tema. Os dois fizeram questão de destacar que estão otimistas com a possibilidade de conclusão da Rodada Doha em 2010, porque há vontade política dos líderes dos países envolvidos.

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