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EUA têm de crescer mais para melhorar emprego-Bernanke

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Por Redação
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A economia dos Estados Unidos precisa crescer mais rapidamente se quiser produzir empregos suficientes para baixar ainda mais a taxa de desemprego, disse nesta segunda-feira o chairman do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos). Bernanke disse que o recente declínio na taxa de desemprego, que caiu de 9,1 por cento no verão passado (no hemisfério norte) para 8,3 por cento em fevereiro, ficou "de certa forma sem sincronia" com o ritmo modesto de crescimento econômico. O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 3 por cento no quarto trimestre, mas espera-se que a economia tenha desacelerado para um pouco abaixo de 2 por cento nos primeiros três meses deste ano. "Mais melhorias significativas em desemprego provavelmente vão exigir uma expansão mais rápida da produção e da demanda dos consumidores e dos empresários, um processo que pode ser apoiado por contínuas políticas acomodativas", disse Bernanke em um encontro do Associação Nacional para Economia Empresarial. Bernanke reiterou sua preocupação com o desemprego de longo prazo, mas argumentou contra a ideia de que grande parte do problema se deva a fatores estruturais que políticas monetárias não podem resolver. "Essa fraqueza continuada em demanda agregada é provavelmente o fator dominante. Consequentemente, as políticas monetárias acomodativas do Federal Reserve, de fornecer apoio para a demanda e para a recuperação, devem ajudar ao longo do tempo a reduzir o desemprego de longo prazo também", disse. Bernanke disse ainda que o crescimento salarial nos Estados Unidos é muito pequeno para apresentar um risco inflacionário e apontou que o mercado de trabalho ainda está operando abaixo de seu potencial. "Os salários não são a maior preocupação para inflação", disse Bernanke em resposta a questões de economistas empresariais. "Nós ainda precisamos nos preocupar com os preços de commodities e outros fatores, mas os salários até este ponto continuam controlados." "A baixa taxa de crescimento salarial é provavelmente consistente com o mercado de trabalho relativamente fraco e com um alto grau de desemprego cíclico", afirmou o chairman. (Reportagem de Pedro da Costa e Jason Lange)

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