
23 de março de 2009 | 09h57
Dentro do novo programa - o Programa de Investimento Público-Privado - o Tesouro, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e a Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) planejam trabalhar em conjunto com investidores privados para tentar reiniciar o mercado para esses ativos problemáticos.
O governo federal usará até US$ 100 bilhões em recursos do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês) e capital de investidores privados para gerar US$ 500 bilhões em poder de compra para adquirir os chamados ativos de herança, disse o Tesouro em documento divulgado esta manhã. O departamento observou que o programa pode potencialmente aumentar para US$ 1 trilhão com o tempo.
O programa tem duas partes e vai lidar tanto com os empréstimos de herança quanto com os títulos de herança que entopem o balanço das instituições financeiras.
No programa que lida com os empréstimos de herança, os bancos vão identificar os ativos que pretendem vender. O FDIC vai conduzir uma análise para determinar o montante de financiamento que está disposto a garantir. A alavancagem não pode exceder a relação de 6 para 1 do coeficiente de endividamento. Os ativos elegíveis serão determinados pelos bancos, pelos reguladores, pelo FDIC e pelo Tesouro.
"Uma série de investidores deve participar do Programa de Empréstimos de Herança", disse o Tesouro no documento. "A participação de investidores individuais, fundos de pensão, seguradoras e outros investidores de longo prazo é particularmente encorajada."
Já no programa de títulos de herança, empréstimos non-recourse serão disponibilizados para investidores para financiar a compra de ativos securitizados de herança. Ativos elegíveis devem incluir certos títulos lastreados em hipotecas residenciais que não são de agências, que originalmente receberam nota de risco de crédito (rating) AAA (triplo A), e títulos lastreados em hipotecas comerciais e títulos lastreados em ativos que tenham rating AAA.
O empréstimo non-recourse implica que, em caso de falência, o credor pode confiscar a garantia, mas não pode ir atrás do tomador do empréstimo para buscar compensação adicional, mesmo que a garantia não cubra a quantia total do calote. As informações são da Dow Jones.
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