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EUA vão se recuperar em 2010, diz FMI

Fundo melhora previsão sobre país; queda será de 2,5% em 2009

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Por Redação
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima suas projeções para a economia dos Estados Unidos, segundo relatório divulgado ontem. Agora, o organismo prevê que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) americano será de 2,5% neste ano, e não de 2,8%, como tinha previsto em abril. As perspectivas para 2010 também melhoraram. Será quando a esperada luz no fim do túnel deve aparecer no país, segundo o Fundo. O ano de 2010 será de "sólida recuperação" econômica e deve fechar com leve crescimento, de 0,75%, acima do crescimento zero, previsto em abril. O primeiro vice-diretor-gerente do FMI, John Lipsky, ressaltou que "a forte queda da atividade econômica se deteve", mas alertou que muitas incertezas exigem a vigilância das autoridades. O déficit federal no período entre 2009 e 2011, por exemplo, será equivalente, "em média", a 9% do PIB e a dívida pública deve aumentar 75%. O FMI prevê também que a taxa de desemprego pode chegar a 10% em 2009 e antecipou que a "fraqueza econômica" deixará a inflação básica em "níveis muito baixos". Segundo os dados publicados ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) nos EUA diminuirá 0,5% este ano e aumentará 1% em 2010. A possível queda adicional do preço da moradia pode se combinar com uma alta nas execuções hipotecárias e um novo aumento no desemprego. Tudo isso, por sua vez, aguçaria os riscos de deflação. Há ainda uma "pressão em alta" sobre as taxas de juros que traz preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do país. Para o FMI, a "prioridade imediata" do governo americano deve ser "fortalecer a capitalização dos bancos e continuar vigiando estritamente os riscos em baixa". O organismo recomendou que as autoridades continuem realizando testes regulares "para avaliar as vulnerabilidades no setor financeiro". O FMI também destacou que a crise propiciou "um aumento da função desempenhada pelo setor público na economia". Nesse sentido, a entidade lembrou "as intervenções de grande magnitude" para estabilizar as condições financeiras e atenuar o círculo vicioso que ameaçava criar uma espiral econômica descendente. Além disso, o Fundo alertou que "para o futuro, a retração dessas intervenções apresentará grandes desafios". RETIRADA DO ESTÍMULO Para o diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, ainda é cedo para retirar os estímulos às economias. "Temos de primeiro sair da crise para depois aplicar uma estratégia de saída. E nós ainda não saímos da crise", disse. No encontro dos ministros de Finanças G-8, na Itália, no fim de semana, os participantes concordaram pedir ao FMI que estude estratégias de saída para os pesados estímulos.

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