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Europa ainda enfrenta riscos na recuperação global, diz FMI

Por PHUMZA MACANDA E ED CRO
Atualização:

A Europa deveria fortalecer seu fundo de resgate financeiro para reduzir risco de uma renovação na instabilidade global, enquanto cortes de impostos nos Estados Unidos e economias emergentes ajudam a impulsionar a recuperação mundial, afirmou o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira. No relatório atualizado World Economic Outlook, o FMI afirma que a economia global deve crescer 4,4 por cento este ano, um pouco mais rápido que os 4,2 por cento previstos em outubro. O relatório estima em 4,5 por cento a expansão de 2012. Mas em documento Global Financial Stability, o FMI afirma que o tamanho efetivo do fundo de resgate financeiro da Europa deveria ser ampliado e que os bancos do continente precisam de rigorosos testes de estresse para ajudar a restaurar a confiança dos mercados. "Problemas na Grécia e agora na Irlanda retomaram as dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida soberana e da saúde do setor bancário em uma área mais ampla de países da zona do euro e possivelmente além disso", afirma o relatório divulgado em Johanesburgo. A preocupação é que o Instrumento de Estabilidade Financeira Europeia, que tem um valor nominal de 440 bilhões de euros mas uma capacidade de empréstimo de cerca de metade desse valor, poderia ser exaurido se uma grande economia europeia precisar de socorro. Discussões vêm ocorrendo na União Europeia sobre incremento do fundo para que ele seja capaz de emprestar todo o seu valor nominal, mas a Alemanha tem demonstrado resistência à ideia. O FMI também afirmou que os bancos da Europa precisam de novos testes de estresse para se assegurar que podem lidar com um choque. Bancos que se mostrarem inviáveis nessas situações deveriam ser fechados, sustenta o fundo. O FMI prevê um aumento na recuperação global, que começou a ganhar corpo em 2010, por conta dos cortes de impostos dos EUA iniciados no final do ano passado. O fundo também afirmou que um pacote de estímulo econômico do Japão também deve ajudar na recuperação global. "De maneira mais geral, os crescentes sinais de que o consumo privado está começando a ganhar terreno nas principais economias avançadas", afirma o FMI.

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