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Europa é a principal parceira da América Latina, diz BID

Por Agencia Estado
Atualização:

A Europa é a principal fonte de investimentos diretos na América Latina e de cooperação para o desenvolvimento dos países da região, além de ser o segundo maior parceiro comercial, de acordo com estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O documento, um detalhado estudo sobre as relações econômicas entre europeus e latino-americanos nos últimos dez anos, foi divulgado na véspera da 3ª Cúpula de 33 países latino-americanos e caribenhos e das 25 nações européia que será realizada nesta sexta-feira em Guadalajara, no México. O estudo mostra que os investimentos europeus para a América Latina e o Caribe tiveram o auge na década passada. Em 2000, por exemplo, os recursos da Europa somaram US$ 41 bilhões, mas despencaram para US$ 11,4 bilhões em 2002. Em 2003, os investimentos continuaram baixos, porém, já existem sinais de recuperação. De acordo com o BID, a maior parte dos investimentos se concentra nos países do Cone Sul. Ao final de 2001, o Brasil recebeu 38% do total, seguido pela Argentina, com 26%. Apenas 13% dos investimentos europeus foram para o México. O estudo mostra que a Europa é o segundo maior parceiro comercial dos latino-americanos. No ano passado, por exemplo, a América Latina e o Caribe exportaram US$ 44,4 bilhões para a União Européia, enquanto que as importações do mercado europeu somaram US$ 46,9 bilhões. O principal sócio dos europeus é o Brasil, que, no ano passado foi responsável por 34% dos negócios. Depois vêm o México (25,3%), Argentina (9,3%) e Chile (8,9%). O estudo do BID mostra que o comércio entre os dois continentes está em processo de recuperação depois de ter caído em 1999. No ano passado, o comércio entre a União Européia e a América Latina e o Caribe alcançou US$ 91,3 bilhões, abaixo dos US$ 93,1 bilhões registrados em 1998. Segundo o estudo do BID, "um melhor acesso aos mercados por meio de uma liberalização do comércio multilateral ou inter-regional seria fundamental" para aumentar as relações econômicas entre as duas regiões.

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