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Europa eleva proteção financeira; cresce preocupação com Espanha

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Por Redação
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Os ministros das Finanças da zona do euro estão prontos para oficializar um aumento da barreira de proteção financeira da região nesta semana, com preocupações sobre a posição fiscal da Espanha expulsando qualquer excesso de confiança de que a crise da dívida do bloco seja coisa do passado. Finlândia e Alemanha estavam inicialmente relutantes em endossar um aumento nos recursos da barreira de proteção, mas ambos indicaram agora que estão preparados para apoiar o movimento quando os ministros das Finanças do bloco se reunirem em Copenhague na sexta-feira e no sábado. A chanceler alemã, Angela Merkel, em discurso em Berlim nesta segunda-feira, deu sua aprovação velada, dizendo que poderia imaginar o fundo temporário de crise na zona do euro correndo em paralelo com um fundo permanente, para criar um mecanismo de crédito maior. O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, já havia feito o mesmo no sábado. "Estamos prontos para encontrar um compromisso", disse Katainen à Reuters, à margem de uma reunião de líderes políticos, financeiros e de comércio em um resort na Lapônia finlandesa. A Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, preparou três opções para reforçar a barreira de proteção, todas elas dependendo da combinação entre os 440 bilhões de euros do fundo temporário e os 500 bilhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês), que entra em vigor a partir de julho. Autoridades indicaram que o resultado mais provável é o endosso de uma opção que essencialmente tome o que for deixado no fundo temporário depois da ajuda a Portugal, Irlanda e Grécia com o ESM, para criar um "superfundo" de cerca de 740 bilhões de euros. "Isso vai levar vários anos, e depois o mecanismo de estabilidade vai ficar sozinho com 500 bilhões", disse Merkel. O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai se reunir em Washington de 20 a 22 de abril e a expectativa é de que concorde em aumentar seus próprios recursos anticrise na medida em que a Europa tenha tomado ações significativas primeiro. No relatório de opções obtido pela Reuters, a Comissão Europeia indicou que a criação de um fundo de 740 bilhões de euros daria "a credibilidade necessária para desbloquear um aumento nos recursos do FMI", embora isso dependa do próprio FMI. (Reportagem de Luke Baker)

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