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Europa fecha em queda e perda passa de 5% em junho -

Por Álvaro Campos e da Agência Estado
Atualização:

LONDRES - As bolsas da Europa fecharam em queda nesta sexta-feira, após indicadores mistos no continente e também nos EUA. Comentários de dirigentes do Federal Reserve também influenciaram o humor dos investidores. Além disso, ajustes de carteira com o fim do mês e do trimestre pesaram sobre os principais índices acionários. O indicador pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,49%, fechando a 285,02 pontos. Na semana a alta foi de 1,65%, em junho a retração chega a 5,27% e no segundo trimestre houve queda de 2,98%.

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Na Europa, o índice Eurocoin de atividade econômica caiu para -0,18% em junho, de -0,15% em maio, segundo dados do Banco da Itália e do Centro de Pesquisa de Política Econômica (CEPR). Na Alemanha, as vendas no varejo em maio aumentaram 0,8% ante abril, após três meses consecutivos de queda, superando as previsões de economistas de uma baixa de 0,3%. E na Itália o índice de confiança das empresas subiu para 90,2 em junho, de 88,7 em maio, atingindo o maior nível em 15 meses, segundo o Istat.

Enquanto isso, nos EUA o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de Chicago, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), caiu para 51,6 em junho, de 58,7 em maio. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam um recuo menor do indicador, para 55,0. Já a confiança do consumidor, medida pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 84,1 na leitura final de junho, de 82,7 no resultado preliminar, mas ficou abaixo do nível de maio, de 84,5. Mesmo assim o resultado veio acima das expectativas dos analistas ouvidos pela Dow Jones, que esperavam uma leitura de 83,0.

Hoje mais dois dirigentes do Fed comentaram sobre as projeções para a política monetária dos EUA, em uma tentativa de dar mais clareza e acalmar os mercados. O discurso de Jeremy Stein, entretanto, saiu pela culatra. Ao dizer que o banco central precisa analisar um conjunto de dados quando decidir diminuir suas compras de bônus, Stein citou setembro como possível prazo para que isso ocorra. "A melhor abordagem para o Fomc é deixar claro que, ao tomar uma decisão em setembro, por exemplo, ele dará mais peso ao conjunto de notícias que se acumulou desde o início do programa e não será influenciado por dados das últimas semanas antes da reunião", afirmou.

Nesse cenário, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, perdeu 0,39%, fechando a 7.959,22 pontos. Na semana, entretanto, houve alta de 2,18%. O Deutsche Bank perdeu 2,97%, a Merck recuou 2,34% e a SAP teve desvalorização de 3,00%.

Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,62%, encerrando a sessão a 3.738,91 pontos. Mesmo assim, no resultado acumulado da semana o indicador ganhou 2,21%. Entre as maiores quedas aparecem Capgemini (-3,01%), Credit Agricole (-2,02%), Société Générale (-4,17%) e Renault (-2,31%).

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE teve queda de 0,45% e fechou a 6.215,47 pontos. Na semana a alta ficou em 1,62%. Os investidores se preparam para a primeira reunião do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) sob a presidência de Mark Carney, na semana que vem. Hoje a mineradora Anglo American subiu 0,08%, depois de afirmar que continua estudando a venda de uma fatia minoritária no seu projeto Minas Rio, no Brasil, mas somente "quando for a hora certa".

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Em Milão, o índice FTSE-Mib teve queda de 1,24%, para 15.239,28 pontos, o que levou o resultado na semana para retração de 0,62%. O índice IBEX-35, da Bolsa de Madri, registrou perda de 1,04%, para 7.762,70 pontos. Mesmo assim, na semana houve alta de 0,81%. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, subiu 0,44%, a 5.556,88 pontos. No acumulado da semana, a alta foi de 1,93%.

(As informações são da Dow Jones.)

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