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Europa sente alívio após testes de estresse de bancos

Por AE
Atualização:

A Europa suspira aliviada hoje depois que a maior parte dos bancos do continente passou nos testes de estresse, cujos resultados foram divulgados ontem. No entanto, analistas alertam que os exames podem não ter sido suficientemente duros para restaurar a confiança no setor financeiro europeu. "Os resultados agregados dos testes mostram um alto grau de resiliência no setor bancário da União Europeia como um todo, refletindo os esforços tomados durante o último ano pelos bancos e por alguns governos para restaurar a confiança no setor", afirmou a presidência rotativa da União Europeia (UE), que desde o começo do mês está nãos mãos da Bélgica.A ministra de Finanças da Espanha, Elena Salgado, disse que os resultados foram "satisfatórios" apesar do fracasso de cinco bancos de poupança espanhóis, as chamadas "cajas". "O sistema financeiro espanhol superou a crise financeira muito bem", afirmou. Por sua vez, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, declarou que os testes foram "uma grande tarefa e representam um passo importante em direção à melhora da transparência e ao aumento da confiança do mercado".AlertasPor outro lado, alguns analistas afirmaram que as avaliações não puseram muita luz sobre o real estado do setor bancário europeu. Apenas sete das 91 instituições financeiras testadas não passaram nos testes: o alemão Hypo Real Estate, o grego ATEBank e cinco cajas espanholas. Esses bancos terão de ser recapitalizados e o Comitê dos Supervisores Bancários Europeus (CEBS, na sigla em inglês), que realizou as avaliações, informou que eles precisarão de cerca de US$ 4,4 bilhões.Neil MacKinnon, economista do VTB Capital, em Londres, afirmou que os testes "parecem uma camuflagem". Para Jennifer McKeown, da consultoria Capital Economics, "qualquer impacto positivo será limitado pelo fato de os testes não terem sido particularmente severos". "O cenário ''adverso'' incorporou a volta a uma recessão apenas moderada no próximo ano. Além disso, a perspectiva de um default soberano (que é o que mais tem preocupado os mercados) não foi nem considerada", disse McKeown. As informações são da Dow Jones.

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