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Europa vê risco menor de contágio por crise americana

Por Renato Martins
Atualização:

Ao chegar para sua reunião regular em Bruxelas, alguns dos 15 ministros das Finanças dos países da zona do euro disseram que o risco de contágio de uma possível recessão nos EUA é menor hoje do que no passado, porque economias como a da China e a da Índia continuam a crescer vigorosamente. "Provavelmente os mercados avaliaram a situação nos EUA", disse o ministro espanhol, Pedro Solbes, referindo-se às quedas fortes sofridas pelas Bolsas européias. "Hoje, temos um dia muito especial e não deveríamos tirar conclusões exageradas ou permanentes. Estamos preocupados, no sentido de que temos que acompanhar o que está acontecendo a cada hora e tentar entender o que está acontecendo", acrescentou. Para o ministro holandês, Wouter Bos, "os acontecimentos nos EUA ainda têm impacto na economia européia, mas muito, muito menos do que no passado. Vemos que a zona do euro comercia e tem negócios com muitos outros mercados no mundo, não só com os EUA; a China e a Índia têm influência crescente nos mercados mundiais, e eles continuam crescendo a um ritmo incrível". O comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Européia, Joaquín Almunia, declarou que a economia da zona do euro não será afetada "diretamente" pela desaceleração nos EUA e que "no passado, nossas economias eram mais dependentes dos EUA". "Espero que as medidas que o governo dos EUA e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) poderão adotar nos próximos dias possam reduzir o risco de uma recessão", acrescentou. Segundo a ministra francesa, Christine Lagarde, as quedas sofridas hoje pelas Bolsas européias seriam tema da reunião de hoje, em cuja agenda também estava a elaboração de uma mensagem comum sobre o câmbio, a ser levada à próxima reunião de ministros do G-7, dia 9 de fevereiro em Tóquio. Sobre isso, o ministro holandês Bos disse que a zona do euro deve manter a linha de que as cotações das moedas devem refletir os fundamentos econômicos. "O euro forte representa o vigor da economia européia; os fundamentos são bons", afirmou Bos. A reunião prossegue amanhã, mas com a presença dos demais ministros das Finanças da União Européia, que reúne 27 países. As informações são da Dow Jones.

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