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Européias fecham em queda com temor de recessão global

Mercados de Nova York e São Paulo também operam em queda, influenciados por pessimismo dos investidores

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Por Redação
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Os temores de uma recessão global voltaram a dominar os investidores nesta quinta-feira, 16, levando as bolsas mundiais a mais um dia de perdas. Na Europa, o índice FTSEurofirst 300 caiu 5,52%, para 853 pontos. Em Nova York, o Dow Jones caía 0,62% às 14h30, o Nasdaq subia 0,08%, praticamente estável, e o S&P 500 perdia 0,92%, enquanto o índice VIX de volatilidade - medida do nervosismo de Wall Street - atingia altas recordes acima de 80 pontos. Veja também: Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise  Por aqui, a Bolsa de Valores de São Paulo passou a operar em forte queda, depois de subir mais de 1% logo no início do pregão, influenciada pela piora nas bolsas de Nova York. Às 14h32, a Bovespa operava em queda de 6,25%, aos 34.532 pontos. O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, disse nesta que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso dos EUA, em sua forma atual, abrange somente instituições financeiras sujeitas à regulamentação. Quando perguntado se os recursos liberados pelo fundo seriam utilizados pelos fundos de hedge ou pelas seguradoras, Paulson afirmou: "Neste momento, estamos focados nas instituições financeiras sujeitas à regulamentação." Para completar, os preços das matérias-primas (commodities) caem e não ajudam ações da Petrobras e Vale. O petróleo para novembro negociado em Nova York recuava 6,75%, cotado a US$ 69,51 o barril. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, os estoques de petróleo no país aumentaram em 5,611 milhões de barris na semana encerrada dia 10, para 308,198 milhões de barris. Analistas esperavam aumento de 2,2 milhões de barris. Com isso, Petrobras PN caía 9,60% e Vale PNA, 6%. Europa Entre os bancos europeus, os papéis do HSBC caíram 4%, os do Santander recuaram 6,5% e os do BNP Paribas tiveram baixa de 7%. As ações da Royal Dutch Shell tiveram desvalorização de 7% e as da Total perderam mais de 9%, enquanto os preços do petróleo mergulhavam 7,5% para abaixo de 70 dólares o barril. Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 5,35%, a 3.861 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 4,91%, para 4.622 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 5,92%, para 3.181 pontos. Em Milão, o índice Mibtel encerrou em baixa de 5,75%, a 15.871 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou desvalorização de 4,11%, para 9.308 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 teve recuo de 5,08%, para 6.652 pontos. Balanços Além dos indicadores, a manhã foi cheia de balanços, com destaque para nomes importantes do setor financeiro. Citigroup, que subia 0,86% no pré-mercado, anunciou prejuízo líquido de US$ 2,8 bilhões no terceiro trimestre, em meio a perdas de US$ 4,9 bilhões com títulos hipotecários e outros produtos de crédito. Merrill Lynch subia 3,95%, após divulgar prejuízo líquido com operações continuadas de US$ 5,1 bilhões (US$ 5,56 por ação diluída), 112,5% maior do que as perdas de US$ 2,4 bilhões (US$ 2,99 por ação diluída) no terceiro trimestre de 2007. O prejuízo líquido foi de US$ 5,2 bilhões (US$ 5,58 por ação diluída) no período. Bank of NY Mellon avançava 6,32%, embora tenha anunciado queda de 54% de seu lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 303 milhões. Dólar Nesta quarta, o Banco Central (BC) voltou a vender dólares. A entidade vendeu US$ 1 bilhão em leilão de dólares com compromisso de recompra em 20/04/2009. Neste tipo de operação, os bancos adquirem os dólares com o compromisso de devolvê-los ao BC em prazo determinado. O montante adquirido é convertido em reais e pode ser abatido do recolhimento compulsório aplicado sobre os depósitos interfinanceiros de empresas de leasing.

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