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Everardo critica aumento da carga tributária para serviços

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo adotou uma "medida inconveniente", na avaliação do ex-secretário da Receita Federal e consultor independente da Logos Consultoria Fiscal, Everardo Maciel, ao elevar a base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de profissionais liberais, autônomos e outros trabalhadores que operam como pessoa jurídica. A medida vai gerar um aumento tributário da ordem de 25% para compensar o reajuste da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física e, para ele, será repassada para empresas e, conseqüentemente, aos produtos, gerando inflação. "Acho que o governo deveria voltar atrás e fazer o Congresso rejeitar a proposta de aumento, como fez quando decidiu aumentar a CSLL, em 2003", sugeriu, em entrevista à Agência Estado. Os argumentos de Everardo demonstram que, mais do que "inconveniente", o aumento tributário para os prestadores de serviços foi desnecessário. "A correção da tabela do IR não pode ser considerada renúncia fiscal", disse. Como nos tempos em que comandou com pulso firme a Receita, Everardo mantém sua posição absolutamente contrária à correção da tabela do IR. "É óbvio que, num sistema tributário de valores nominais, a não correção da tabela resulta, na prática, em aumento de carga tributária, com o passar dos anos, pelas atualizações dos valores praticados na economia, enquanto os valores do imposto seguem defasados e desatualizados", admite.

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