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Evite cheque especial e empréstimo pessoal

Segundo a Anefac, os consumidores que utilizarem as linhas de crédito, como o cheque especial e empréstimo pessoal, por exemplo, pagarão taxas de juros exorbitantes em comparação com a Selic. É aconselhável evitá-las.

Por Agencia Estado
Atualização:

Embora o Banco Central tenha mantido o juro básico estável em 19% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), interrompendo as seguidas elevações que vinham ocorrendo desde março, quem precisa de empréstimo vai bancar custo proibitivo. Segundo o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, em todas as modalidades de crédito, algumas mais, outras menos, as taxas de financiamento estão bastante elevadas, se comparadas com o juro primário de 19% ao ano ou a inflação entre 6% e 6,5% projetada para este ano. No cartão de crédito, tanto no sistema rotativo como no parcelado, as taxas variam de 7% a 12,90% ao mês. Se for considerada uma taxa média de 10,55% ao mês, o juro anual dispara a 233,20% ao ano. No Crédito Direto ao Consumidor (CDC), nas lojas, a taxa média é de 6,98% ao mês, correspondente a uma 122,21% ao ano. Nos financiamentos concedidos por bancos e financeiras, a taxa média é de 4,31% ao mês, o que dá 65,92% ao ano. Nos bancos, a taxa média do cheque especial está em torno de 9,68% ao mês ou 203,20% ao ano e, no empréstimo pessoal, em 5,01% ao mês ou 79,79% ao ano. Recomendações "A melhor estratégia, no momento, para quem puder, é fugir do crédito ou, então, fazer a compra à vista ou, ainda, poupar os recursos para comprar no futuro", orienta Oliveira. De acordo com o vice-presidente da Anefac, se, mesmo assim, o consumidor pretende fazer uma compra parcelada, deverá aguardar um pouco mais, pois a tendência é de queda de juros. Para quem estiver pendurado no cheque especial, a melhor estratégia, segundo o economista, será fazer um empréstimo pessoal, pois, assim, estará cortando os juros cobrados pelo banco pela metade.

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