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Evo dá sinais de que preço do gás para Brasil vai subir

Segundo o presidente boliviano, existem assimetrias entre preço que o País paga pelo gás e custo para outras nações; "vamos acabar com as assimetrias", disse

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira referindo-se diretamente ao presidente Lula, na Cúpula do Mercosul, que "não é possível que a Bolívia continue subvencionando o gás do Brasil". Ele citou como exemplo das "assimetrias" na América do Sul o fato de que a Bolívia vende o gás para o Brasil por US$ 1,09 por milhão de BTU - segundo o contrato da Térmica de Cuiabá -, enquanto a Argentina compra o mesmo gás por US$ 5. "Vamos acabar com as assimetrias", disse. Os detalhes da entrada da Bolívia no bloco ainda estão sendo discutidos pelos países membros, mas Morales já adiantou, com ênfase e várias vezes, na presença de todos os presidentes de países do bloco, que quer uma "profunda reforma" no Mercosul. "Tenho muito interesse que os mecanismos de integração no Mercosul sejam profundamente reformados para os pequenos produtores, cooperativas", afirmou, acrescentando que o bloco deve ser "uma solução para as maiorias nacionais". Morales também citou Cuba várias vezes em seu discurso. Segundo ele, o país de Fidel Castro teve crescimento econômico de 12,5% em 2006, o maior da América Latina. "Os países que vivem com dignidade e soberania, antiimperialistas, antineoliberais, crescem economicamente na América Latina", afirmou, citando também a Argentina como exemplo.

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