26 de junho de 2013 | 02h02
O caso começou em 2007, quando a ministra recorreu a uma câmara de arbitragem para definir um contencioso com Tapie relativo à participação de um banco público na venda da Adidas, em 1993. Essa câmara, suspeita o Ministério Público, decidiu pelo pagamento de uma indenização superfaturada, que em valores corrigidos superava os € 400 milhões.
Os investigadores estão tentando determinar se as conexões políticas de Tapie desempenharam um papel na decisão do governo de recorrer à arbitragem para resolver a disputa.
Richard foi colocado sob investigação formal este mês com relação ao seu papel na decisão. Ele disse, em um nota, que Lagarde estava ciente de todos os detalhes da disputa, sugerindo que tinha mais responsabilidade para determinar o resultado do que os juízes tinham atribuído a ela.
Lagarde foi questionada pelos magistrados em maio, mas surgiu com o status de "testemunha supervisionada", que é muito menos grave do que ser colocada sob investigação.
"Christine Lagarde estava totalmente atualizada sobre as posições dos vários serviços do governo e plenamente consciente quando deu instruções escritas de recorrer à arbitragem", afirmou Richard em nota divulgada por seu advogado. Richard está apelando da decisão de colocá-lo sob investigação.
O advogado de Lagarde não estava imediatamente disponível para comentar as declarações de Richard. / REUTERS
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