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Ex-diretor da Sadia é condenado pela CVM

Por AE
Atualização:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou ontem os processos administrativos contra Romano Ancelmo Fontana Filho e Luiz Gonzaga Murat Júnior, sócio e ex-executivo da Sadia, respectivamente. Eles foram acusados de uso de informação privilegiada enquanto a empresa preparava uma oferta pública de compra da rival Perdigão. Os dois ficam impedidos de exercer, durante um período de cinco anos, os cargos de administrador ou conselheiro fiscal de companhia aberta. Fontana e Murat foram punidos por descumprimento do dever de lealdade à companhia. Segundo a CVM, nesse parágrafo "a lei é clara ao exigir que o administrador de companhia aberta guarde sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do cargo, e capaz de influenciar a cotação de ações". O administrador fica proibido de valer-se de informação para obter benefício próprio ou para terceiros, mediante compra ou venda de ações. Os acusados punidos poderão apresentar recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional. Caso o conselho acate, a decisão da CVM pode ser suspensa. "O julgamento foi mais rápido do que a média. Pela importância que tem, tivemos autorização para passar o caso na frente de outros", diz a presidente da CVM, Maria Helena Santana. Procurada, a Sadia informou que não vai comentar o caso, já que o processo corre contra dois indivíduos, e não contra a empresa. Segundo Maria Helena, os acusados traíram a confiança da Sadia. "A companhia é até mais vítima do que qualquer outra coisa", diz a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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