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Ex-executivos do Bear Stearns são presos por fraude

Por Danielle Chaves
Atualização:

Os ex-administradores de dois fundos do banco de investimento norte-americano Bear Stearns foram indiciados por crimes relacionados ao colapso dos fundos, no ano passado, que custou aos investidores US$ 1,6 bilhão. De acordo com o indiciamento, Ralph Cioffi e Matthew Tannin, que gerenciavam duas carteiras de alta qualidade da unidade de administração de ativos do Bear Stearns, foram acusados de conspiração, fraude financeira e outros crimes. Os dois homens foram presos hoje pela manhã por agentes do FBI em frente a suas casas, segundo James Margolin, um porta-voz do FBI em Nova York. Eles deverão se apresentar a um juiz ainda hoje. "Matt Tannin é inocente", afirmou Susan Brune, advogada do ex-executivo. "Estamos chocados e desapontados e esperamos pelo dia em que eles serão inocentados", declarou Edward J.M. Little, advogado de Cioffi. Os dois fundos quebraram em junho de 2007, quando os mercados de crédito se contraíram em razão da crise de hipotecas de segunda linha (subprime) nos Estados Unidos. De acordo com o indiciamento, promotores públicos alegam que Cioffi, Tannin e outros acreditavam que os fundos estavam "em graves condições e correndo risco de falirem" já em março de 2007. "Em vez de divulgarem o verdadeiro estado dos fundos para os investidores e credores, e assim permitir um fechamento gradual deles, Cioffi e Tannin concordaram em enganá-los, na última esperança de que as perspectivas desanimadoras para os fundos mudassem e que seus rendimentos e reputações permaneceriam intactos", informa o texto do indiciamento. O fechamento dos fundos marcou o começo dos problemas para o Bear Stearns, que foi obrigado a ser vendido para o banco norte-americano JPMorgan em março, depois de chegar perto da falência em conseqüência de uma forte redução da liquidez. As informações são da Dow Jones.

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