22 de junho de 2020 | 15h42
Atualizado 22 de junho de 2020 | 21h50
O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy vai integrar o time do banco Safra. Seu nome foi anunciado nesta segunda-feira, 22. Levy vai ocupar o cargo de diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados.
Safra cria área de investimento alternativo
Doutor em economia pela Universidade de Chicago, Levy, de 59 anos, foi ministro da Fazenda no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e teve rápida passagem pelo comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), durante o governo Jair Bolsonaro. Mais recentemente, Levy desenvolvia pesquisas sobre tecnologias sustentáveis e transição de economias para emissões zero de carbono na Universidade de Stanford, nos EUA.
O executivo desembarca no Safra em uma nova fase do banco, focada em diversificação de receitas e mais voltada ao varejo. Com patrimônio líquido de R$ 12 bilhões ao fim de março último, a instituição soma cerca de R$ 250 bilhões em ativos e carteira de crédito de R$ 110 bilhões. O banco integra o Grupo J. Safra, presente em 25 países, com R$ 1 trilhão em ativos sob gestão.
O cargo que Levy irá ocupar não existia: foi criado sob medida para ele. Ao recrutá-lo, o Safra segue a estratégia de outros competidores que buscam nomes de peso no mercado, principalmente com atuação no setor público, para ganhar holofotes. Procurado, o Safra disse que se limitaria às informações oficiais divulgadas sobre a nova contratação.
Escolhido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy deixou o BNDES há um ano, após desentendimentos com Bolsonaro. O engenheiro naval foi diretor-geral e financeiro do Banco Mundial e teve passagens também pelos governos FHC e Lula. Ocupou ainda cadeira no Bradesco, como responsável pela gestora de recursos, a Bram.
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