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Ex-presidente da Braskem se declara culpado à Justiça dos EUA

José Carlos Grubisich, que responde a processo no país desde 2019, admitiu esquema de propina na petroquímica

Por Reuters
Atualização:

Ex-presidente da petroquímica Braskem e da Eldorado Celulose, o executivo brasileiro José Carlos Grubisich se declarou culpado nesta quinta-feira, 15, ao se pronunciar sobre as acusações de participar de um esquema de propina que envolvia a Braskem e seu controlador, o grupo Odebrecht. Grubisich foi preso ao viajar de férias para os Estados Unidos, no fim de 2019, e desde então responde a um processo no país. 

Executivo de 64 anos pode enfrentar uma sentença de até dez anos de prisão. Foto: Paulo Giandalia/Estadão

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Segundo a acusação, Grubisich participava de esquema de pagamento de propinas que se estendeu por 13 anos, até 2014 – as práticas também foram investigadas no Brasil, pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ao longo do período, o executivo ajudou a desviar cerca de US$ 250 milhões da operação da Braskem para um fundo que funcionava como um departamento de pagamentos ilícitos. 

O executivo de 64 anos pode enfrentar uma sentença de até dez anos de prisão em duas acusações de conspiração, além de concordar em devolver o equivalente a US$ 2,2 milhões. A sentença de Grubisich deverá ser proferida em 5 de agosto, em Nova York. Procurados, os advogados do ex-presidente da Braskem não foram encontrados pela Reuters

Em dezembro de 2016, Braskem e Odebrecht concordaram em pagar US$ 3,5 bilhões em um acordo relativo a pagamentos de propina que foram investigados conjuntamente por autoridades do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça. A Braskem ainda faz parte da Odebrecht (agora rebatizada Novonor), que pretende vender o negócio para reduzir seu endividamento.

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