De acordo com o jornal Financial Times, do Reino Unido, executivos seniores da Nissan têm acelerado um planejamento para uma possível separação entre a companhia japonesa e a francesa Renault, enquanto a queda de Carlos Ghosn continua a reverberar na aliança, que já dura quase 20 anos.
O plano inclui, de acordo com fontes ouvidas pela publicação internacional, uma divisão total entre a equipe de engenharia e de produção, assim como o conselho administrativo da Nissan. A decisão de mapear uma possível separação é o último sinal de tensão, que tem aumentado desde a fuga de Ghosn do Japão.
A publicação acrescenta que duas pessoas disseram ao jornal que, mesmo com esforços para reforçar as relações, por parte de ambos os lados, a parceria com a Renault se tornou tóxica. De acordo com elas, executivos da Nissan acreditam que a companhia francesa de carros é um empecilho para a contaraparte japonesa.
Um rompimento completo, explica a reportagem, poderia forçar as duas companhias a procurar por novos parceiros em uma indústria com quedas nas vendas e aumento de custos por conta da transição para veículos elétricos. Isso poderia também deixar ambas as empresas menores enquanto rivais estão crescendo, como os casos de Fiat Chrysler e PSA se unindo e Volkswagen e Ford formando aliança própria.
Segundo o Financial Times, Nissan e Renault se recusaram a comentar.