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Executivos do Société Général abrem mão de bônus

Por EQUIPE AE
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Após dias de polêmica, quatro diretores do banco francês Société Général (SocGen) renunciaram ao recebimento de 340 mil opções de ações como bônus. Eles cederam a pressões de sindicatos e do governo francês que ameaçou criar uma legislação própria para as bonificações de executivos. "Para acabar com a polêmica, decidimos renunciar ao benefício e informamos ao conselho de administração", disseram por meio de uma carta transmitida hoje à AFP e que será enviada aos funcionários do banco na segunda-feira.A ministra de Finanças francesa, Christine Lagarde, havia pedido neste domingo aos executivos que desistissem das bonificações, ao menos enquanto o banco recebe ajuda do Estado. O governo francês injetou 10,5 bilhões de euros (US$ 14,2 bilhões) nos bancos franceses em dezembro, sendo 1,7 bilhão de euros no Société. Em entrevista a uma rádio, a ministra disse que está na hora de o banco operar mais em linha com os interesses da população. "Espero sinceramente que os dirigentes do banco tenham um sentido de responsabilidade que vá mais longe."Os executivos haviam prometido na sexta-feira que não receberiam os bônus, mas Lagarde cobrou que eles fizessem isso formalmente juntos o quanto antes. "Dado o momento atual, isso me parece ser um gesto responsável", disse. "Os tempos mudaram e, claramente, é necessário que haja uma mudança de comportamento." O secretário-geral do sindicato Força Operária, Jean-Claude Mailly, considerou hoje, em entrevista a uma rádio, que havia "um lado indecente" nos planos de opções de ação. "Quando há empresas que têm uma forma ou outra de ajuda do Estado, é completamente lógico que não haja opções de ação", disse. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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