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Expansão da Alemanha em 2008 é a menor em três anos

Dados preliminares apontam alta de 1,3% no PIB; desempenho é puxado por desaceleração nas exportações

Por Paul Carrel e da Reuters
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O crescimento econômico da Alemanha perdeu força em 2008 e atingiu o menor patamar em três anos, puxado pela forte desaceleração das exportações, que deve perdurar em 2009, segundo analistas. O desempenho deve levar o país para a pior recessão desde o pós-guerra.   Veja também: Produção industrial da zona do euro despenca em novembro Governo britânico lança linha de crédito para ajudar empresas Desemprego, a terceira fase da crise financeira global De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise    Dados preliminares divulgados nesta quarta-feira, 14, pela agência de estatísticas mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão cresceu 1,3% no ano passado, o desempenho mais fraco desde 2005.   A desaceleração global afetou as fábricas alemãs, gerando um recuo recorde nas exportações em novembro e aumentando os temores sobre a possibilidade da economia entrar em uma profunda recessão.   "Não existe esperança de que vamos ficar positivos (em termos de PIB) em 2009. A coisa tende a ser pior. Estamos esperando uma contração de 2,5%", afirmou Alexander Koch, economista do Unicredit.   A mediana das projeções coletadas pela Reuters com 28 economistas apontava para um crescimento anual em 2008 da Alemanha de 1,4%. Em 2007, a maior economia da Europa teve um crescimento de 2,5%.   Desde a Segunda Guerra Mundial, a economia da Alemanha nunca registrou contração maior do que 1% em um ano, mas alguns analistas acreditam que existe o risco do país ter uma contração de 3% ou mais em 2009.   Para tentar conter esse risco, o governo da chanceler Angela Merkel acertou dois pacotes de estímulo que somam aproximadamente 81 bilhões de euros (US$ 108 bilhões) para os próximos dois anos.   A agência de estatísticas estima que a economia alemã teve contração entre 1,5 e 2%, trimestre a trimestre, nos últimos três meses de 2008, o que será a maior contração trimestral desde a reunificação da Alemanha em 1990.

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