PUBLICIDADE

Publicidade

Expansão de emprego é efeito estatístico, afirma Alckmin

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) relativizou hoje a expansão do emprego industrial divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao lembrar que muito do crescimento econômico brasileiro desse ano advém de "efeito estatístico", uma vez que, no ano passado, o PIB retrocedeu 0,2%. "Temos uma base muito baixa e estamos recuperando, esse ano, o que tínhamos perdido. Algo bom, porque (a economia) deixou de piorar", afirmou, em entrevista coletiva, após participar da abertura do encontro internacional "Democracia, Governabilidade e Partidos Políticos na América Latina", no Parlamento Latino-Americano (Parlatino), em São Paulo. O governador comentou que a expansão do PIB e do emprego ainda está balizada nas exportações, uma vez que o mercado de consumo doméstico segue muito fraco. "Não vamos achar que as pessoas pensam que tudo está uma maravilha, porque não está. O mercado interno ainda está fraco e as pessoas estão sem renda", argumentou. Por isso, o governador paulista informou que o crescimento da economia ainda não se refletiu numa maior arrecadação do ICMS estadual, inclusive porque as exportações são isentas de tributação. "Inegavelmente, temos um quadro melhor", admitiu. "As exportações melhoraram, mas nessa área a arrecadação é zero e ainda não se reflete no mercado de consumo interno e, por isso, o impacto na arrecadação do ICMS ainda é muito pequeno." Segundo ele, enquanto as exportações brasileiras cresceram 25% entre janeiro e maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações paulistas subiram 33,2% na mesma base comparativa. Capacidade ociosa Alckmin analisou ainda que a expansão da atividade industrial, neste momento, está somente ocupando a capacidade ociosa que a maior parte das indústrias brasileiras tinha e, por isso, não há demonstrações maiores de grandes investimentos. "A todo momento estamos inaugurando indústrias e expansões de fábrica no Estado, mas temos que admitir que tivemos retração da atividade econômica e a tendência de agora é de ocupação da capacidade ociosa do nosso parque industrial. Nosso grande esforço deve ser de criar ambiente favorável a novos investimentos produtivos, que resultem num crescimento econômico mais forte e que tenha sustentação", observou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.