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Expansão de importações reduz saldo comercial de julho

Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

A balança comercial das três primeiras semanas de julho teve saldo positivo de US$ 1,989 bilhão. Porém, de acordo com os dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a expansão maior das importações que a das exportações causou uma corrosão de 6,5% no saldo, em comparação com o de igual período de 2007. O resultado acumulado no ano, de US$ 13,339 bilhões, demonstra uma corrosão ainda maior, de 41,0%. Nas três semanas de julho, as exportações somaram US$ 11,844 bilhões, com média diária de US$ 846 milhões - o segundo maior valor desde, pelo menos, 2003. Essa cifra correspondeu a um aumento de 31,8% em relação à média diária de julho de 2007. Esse desempenho deveu-se especialmente à alta dos preços internacionais das matérias-primas (commodities), que contribuiu para o aumento de 48,3% da média diária de embarques de produtos básicos, na mesma comparação. A soja retomou o topo da lista de bens exportados pelo País, registrando uma expansão de 90,6%. Para o segundo lugar voltaram os minérios, que tiveram aumento da média diária de embarques de 66,4%. Outra commodity com preço em ascensão, a carne apresentou elevação de 52,9% nas vendas externas. Os dados da Secex apontaram ainda aumento de 41,2% na média diária de exportações de produtos semimanufaturados, em relação aos números de julho de 2007. Nesse conjunto, as maiores expansões foram verificadas nas vendas de óleo de soja em bruto, de ferro-ligas e de celulose, entre outros. No caso das manufaturas, a média diária das exportações aumentou apenas 16,5%. O setor de material de transportes contribuiu com elevação de 6,6% nas vendas, enquanto o metalúrgico aumentou 36,0% e o de produtos mecânicos, 16,0%. As importações das três semanas de julho totalizaram US$ 9,855 bilhões, com média diária de US$ 703,9 milhões - valor menor apenas que os registrados em junho e em maio deste ano e também 43,7% superior ao de julho do ano passado. À exceção das aeronaves e peças e do cobre, cujas compras se retraíram, no período, todos os outros 21 principais setores de importação apresentaram expansão, na média diária. Tradicional campeão das importações, o conjunto dos combustíveis e lubrificantes apresentou aumento de 37,9%, na comparação com a média diária de julho de 2007. Em boa parte, esse resultado foi influenciado pelo aumento dos preços internacionais do petróleo. A segunda posição entre os setores mais fortes na importação ficou com os equipamentos mecânicos, cuja média diária de compras cresceu 50,8%. Os equipamentos elétricos e eletrônicos fixaram-se no terceiro lugar, com aumento de 88,3%, seguidos pelos adubos e fertilizantes, com expansão de 109,3%.

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