PUBLICIDADE

Expansão depende de marco regulatório

Por Nicola Pamplona
Atualização:

O mercado de petróleo aguarda a definição de um marco regulatório para o pré-sal brasileiro para definir estratégias de ampliação de sua presença no País. Com a suspensão dos leilões de áreas de águas profundas, as posições de cada empresa permanecem as mesmas desde a 7ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2006, mas é grande o interesse por novas concessões na plataforma continental brasileira. Na quinta-feira, o presidente da britânica BP, Tony Hayward, afirmou em evento na Califórnia que a companhia está na fila por uma fatia do pré-sal. A BP não tem hoje concessões petrolíferas no Brasil, mas considera o sistema utilizado atualmente no País um exemplo a ser seguido por outros países da América Latina. Em evento recente, o presidente da americana Exxon, Rex Tillerson, disse que o desenvolvimento da nova província petrolífera brasileira depende, entre outras coisas, do novo marco regulatório que está em estudo pelo governo. A conclusão dos trabalhos da comissão que estuda o tema foi adiada várias vezes e ainda há dúvidas sobre qual caminho será tomado pelo governo. Quem já garantiu sua participação em blocos na costa brasileira, por outro lado, começa a colher os frutos. Sócia em quatro concessões da área do pré-sal da Bacia de Santos, a portuguesa Galp viu suas reservas estimadas de petróleo saltarem de 100 mil barris para 2,1 bilhões de barris em dois anos. A companhia acredita que vai decuplicar sua produção de petróleo até 2020, atingindo os 150 mil barris por dia. Já a britânica BG, que tem fatias em três blocos do entorno de Tupi e mais dois em águas rasas, estima ter garantido 3 bilhões de barris por conta das últimas descobertas da Petrobrás. O volume é suficiente para duplicar as reservas provadas da companhia, hoje em 2,5 bilhões de barris.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.