PUBLICIDADE

Exploração abaixo da camada de sal deve estender-se para outras áreas

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O esforço na busca por reservas abaixo da camada de sal no subsolo brasileiro começa a se estender para outras regiões. No início do ano, a Petrobrás atingiu um reservatório de petróleo abaixo do campo de Caxaréu, descoberto no ano passado na porção norte da Bacia de Campos. Para o geólogo Giuseppe Bacoccoli, a Petrobrás deveria intensificar a busca por objetivos profundos também em outras regiões. ''''Por que não procurar petróleo abaixo do sal também na Bahia ou no Espírito Santo?'''', questiona. Ele explica que o petróleo do litoral brasileiro foi gerado em rochas que estão abaixo do sal, chamadas de rochas geradoras. No decorrer do tempo, fissuras foram abertas nessa camada, permitindo a passagem de óleo e gás para regiões superiores. É aí que estão, por exemplo, todas as reservas da Bacia de Campos. Com o avanço da tecnologia e o caixa cheio pela alta do petróleo no mercado internacional, a Petrobrás decidiu ultrapassar o sal primeiro nas águas ultraprofundas da região central da Bacia de Santos, onde aparentemente não houve migração. Lá, a camada de sal chega a ter 2 mil metros de espessura. Segundo Bacoccoli, a empresa encontrará desafios para produzir o petróleo no local, pois àquela profundidade o sal se comporta como uma ''''massa pastosa'''' e pode se mover, esmagando os poços produtores. A busca pelo petróleo no chamado pré-sal faz parte do esforço da Petrobrás para desenvolver novos modelos exploratórios no País. No exterior, estratégia semelhante deu bons resultados para a gigante Chevron Texaco no Golfo do México. Em 2004, a empresa anunciou grande descoberta de petróleo a 8,6 mil metros de profundidade, apontada como sinal de que ainda há boas perspectivas em uma das regiões mais exploradas do planeta. A própria Petrobrás decidiu apostar em condições semelhantes nas atividades por lá.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.