PUBLICIDADE

Exportações brasileiras para a argentina despencam 70%

Por Agencia Estado
Atualização:

A grave crise que assola a Argentina está causando uma drástica e acelerada redução das importações deste país. Um dos países mais atingidos pelo encolhimento das compras argentinas é o Brasil, seu principal parceiro comercial. Segundo Jorge Rodriguez Aparício, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Argentina, as exportações brasileiras para este país teriam despencado 70% desde o início do ano. Simultaneamente, as vendas argentinas para o mercado brasileiro teriam tido uma queda que oscilaria entre 16% e 20%. Rodríguez Aparício lamentou que o governo argentino altere constantemente as regras do jogo, causando temor nos exportadores. "Não exportamos porque não temos capital de trabalho e porque o governo adotou uma série de medidas no comércio exterior. Obviamente, não é fácil exportar especialmente diante do risco de que surjam novas normas no meio de uma operação", disse. Segundo o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Argentina, para melhor o volume das vendas argentinas para o Brasil, além da desvalorização da moeda nacional, o peso, o governo do presidente Eduardo Duhalde também teria que ter tomado medidas na área tributária e alfandegária. O presidente do Grupo Brasil, Elói Rodrigues de Almeida também admitiu que o comércio entre os dois países teve uma queda significativa. Uruguai Do outro lado do rio da Prata, em Montevidéu, o governo do presidente uruguaio Jorge Batlle está sendo forçado a um drástico ajuste de gastos por causa da crise que atinge esse país. Por este motivo, já analisa a possibilidade de vender o enorme prédio da embaixada do Uruguai em Buenos Aires. O edifício, localizado na avenida Las Heras, possui 14 andares e foi comprado há duas décadas por US$ 14 milhões. Os custos de manutenção, embora reduzidos à menos da metade no ano passado, são de US$ 1,2 milhão, o que é considera pelo chanceler uruguaio, Didier Operti, como muito alto. Desta forma, a Embaixada seria mudada para um edifício menor e mais barato.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.