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Exportações de calçados devem crescer 15% em 2004

Por Agencia Estado
Atualização:

As exportações de sapatos devem crescer 15% neste ano, segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria e Calçados (Abicalçados). Parte desse resultado virá da 36ª Francal (Feira Internacional de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes), que acontece de hoje até sexta-feira no Anhembi, em São Paulo. Os organizadores do evento esperam a visita de 48 mil profissionais do Brasil e de cerca de 2 mil importadores de todo o mundo. Neste ano, a feira terá 850 expositores, um número recorde. Os Estados Unidos mantêm a primeira posição na lista dos principais mercados para o calçado brasileiro, com 65% das compras, seguido por Reino Unido, com 6,8% e Argentina, com 4,7% no ano passado. Na abertura do evento, os empresários reclamaram da demora na restituição do crédito do PIS/Cofins aos exportadores e dos altos juros. Os números da produção mostram um mercado interno enfraquecido. No ano passado, as vendas cresceram 3,9%, para 665 milhões de pares. No mesmo período, as exportações aumentaram de 174 milhões de pares para 188 milhões, principais responsáveis pela aumento da produção. As vendas externas somaram US$ 1,549 bilhão. "Vemos incentivo às exportações, aos agronegócio e a setores de ponta, mas nada se faz pelo mercado interno e o comércio varejista, que não tem acesso às linhas de crédito oficiais", disse o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac), Antonio Espolador. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Élcio Jacometti, a decisão de investimento não depende de juros ou de carga tributária, mas de vendas. Segundo ele, a maior dificuldade do setor é o mercado interno. "Quando se tem pedido (de compras), a gente arruma investimento. O governo tem hoje linhas de crédito suficientes para auxiliar a indústria. Nós precisamos é vender sapato", afirmou. A utilização da capacidade instalada não deve ser empecilho para um eventual aumento do consumo de calçados, seja por retomada do mercado interno, seja por exportações. As indústrias calçadistas têm como elevar a produção em 20%, rapidamente, sem necessidades de investimentos. "Não é esse o nosso problema. Precisamos é tirar o mercado interno da estagnação", disse.

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