24 de março de 2010 | 08h13
As exportações japonesas aumentaram fortemente em fevereiro, apoiadas no aumento da demanda da Ásia e dos EUA por automóveis e outros bens. As vendas externas da segunda maior economia do mundo cresceram no mês passado 45,3% em relação a fevereiro de 2009, para 5,129 trilhões de ienes (US$ 56,31 bilhões), informou o Ministério das Finanças.
Embora tenha ficado ligeiramente abaixo da média das previsões de uma pesquisa da Dow Jones com economistas, que apontava um crescimento de 47,3%, o resultado marca o terceiro mês seguido de elevação, após uma sequência de baixas a partir de outubro de 2008. Segundo analistas, o dado reforça a visão de que a economia do país não deve mergulhar de novo na recessão, já que a demanda externa continua a ajudar as empresas a compensar a fraqueza das vendas domésticas.
Em outro sinal positivo, as encomendas dos EUA por automóveis e outros bens aumentaram em fevereiro, somando-se à forte demanda da China e de outros países asiáticos por materiais de construção, carros e componentes eletrônicos.
Liderando a recuperação nos embarques para o exterior, as vendas para a Ásia cresceram 55,7%. As exportações de automóveis para a China aumentaram 3,5 vezes, levando a um salto de 47,7% nas exportações totais para aquele país, que somaram 902,4 bilhões de ienes. As exportações para os EUA cresceram 50,4%, para 837,1 bilhões de ienes, puxadas pelos embarques de automóveis, que dispararam 129,9% sobre fevereiro do ano passado. Nem os problemas de recall da Toyota afetaram o volume de exportações para os EUA, pelo menos por enquanto, segundo o Ministério das Finanças.
Em relação ao mês anterior, as exportações japonesas caíram 1,7%, em bases ajustadas sazonalmente, no que foi interpretado por alguns economistas como um sinal antecipado da futura diminuição do crescimento global.
Por enquanto, a recuperação das exportações está estimulando as indústrias japonesas a comprarem mais matérias-primas, dizem os analistas. As importações totais aumentaram 29,5% sobre fevereiro de 2009, para 4,478 trilhões de ienes. A alta do petróleo e de outros preços de energia também contribuiu para o resultado. As informações são da Dow Jones.
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