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Exposição diretamente no exterior atenua o risco Brasil

Quem opta pela Bolsa americana afirma mirar segurança e economia em dólar

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Por Redação
Atualização:
3 min de leitura
Getty Images 

A instabilidade econômica e política brasileira tem levado muitos brasileiros a investir seus recursos no exterior para garantir uma estabilidade melhor na sua carteira. “Um dos conceitos mais básicos do mundo dos investimentos é a diversificação. É sempre aconselhável ter posições em diferentes setores da economia, bem como em dólar. Quando se usa essa estratégia, a mitigação do risco faz com que o investidor possa aproveitar a exposição a diversos segmentos, diminuindo a volatilidade”, explica Leandro Araújo, diretor dos Serviços Financeiros da IBC Consulting. Segundo ele, de modo geral, há mais oportunidades, maior liquidez e menos risco nos investimentos nos Estados Unidos. “No Brasil, são cerca de 400 empresas listadas na B3. Nos EUA, nas três principais Bolsas (S&P, Nasdaq e Dow Jones), são mais de 7 mil. O número de pessoas investindo em ações em 2020 no Brasil chegou próximo a 3% da população. Nos EUA são mais de 50% da população”, diz o analista.

De olho no potencial desse mercado, o gerente de produtos Eduardo Mattos Duarte, 42, decidiu comprar ações pela primeira vez nos EUA em 2015. “Comecei a ver uma mudança drástica do real e ficou claro para mim que dolarizar seria a escolha mais segura para o meu futuro financeiro”, afirma. A escolhida por ele foi a Nasdaq. “Todos os meus investimentos são em empresas de tecnologia, que é o mercado que eu conheço e em que me sinto mais livre para tomar algumas poucas decisões”, diz o executivo.

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O empresário Bruno Meireles, 35, também viu na Bolsa americana a oportunidade de melhorar o retorno dos seus investimentos. “Estava em busca de um mercado mais previsível, seguro e com maior liquidez. Não acredito que este seja um momento muito bom para se investir no Brasil por uma série de fatores. Primeiramente, a Bolsa está perto da sua máxima histórica, então não vejo muita margem para mais altas. Há insegurança política com o início de uma CPI, interferência em estatais, descontrole da pandemia, vacinação lenta e as perspectivas para o PIB e o desemprego não são muito animadoras”, diz. A migração para uma carteira internacional começou no início deste ano e inclui investimentos em ações e opções. Ele conta que agora tem apenas BDRs (certificados que representam ações emitidas por empresas em outro país)  na Bolsa brasileira. “Zerei minhas posições nas últimas semanas pela insegurança que vejo no mercado brasileiro. Para não deixar o dinheiro parado, passei a comprar BDRs esperando ganhar com o dólar, pois vejo perspectiva de alta devido à instabilidade recente do País”, diz.

Na prática, o importante na grande maioria das vezes é ter uma visão do todo e perceber que a média entre os diversos rendimentos é o que deve prevalecer. “Se eventualmente ocorrer qualquer desarranjo fiscal ou qualquer problema político no Brasil, é importante que seu portfólio não esteja todo focado nisso, mas que também tenha investimentos atrelados a outras economias. E mesmo que o Brasil oscile muito ou traga muita instabilidade, a carteira diversificada tende a se comportar de maneira mais amena. Ao tirar o viés só do Brasil nos investimentos, a volatilidade tende a ser menor. A média é sempre mais interessante”, ensina Rodrigo Franchini, sócio e head de Produtos da Monte Bravo Investimentos.

Tributação descomplicada

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Quando aportam recursos no exterior, os investidores devem ficar atentos à prestação de contas com o Fisco e o Banco Central. Mesmo para quem mora no Brasil, é necessário declarar os recursos investidos tanto lá fora quanto no âmbito interno. Ao investir em países como os Estados Unidos, a escolha de uma corretora, muitas vezes, passa pela assessoria fiscal que a instituição oferece aos clientes.

“O investidor deve estar ciente de que seus recursos não precisam ser repatriados para que sejam tributados. Ainda que os recursos sejam mantidos no exterior, eventuais rendimentos serão tributados sempre que forem disponibilizados ao investidor. Os investimentos devem ser declarados à Receita Federal e, caso superem US$ 1 milhão, tais capitais brasileiros no exterior também devem ser declarados ao Banco Central”, afirma André Gomes, advogado do escritório Souto Correa.

“É muito importante atentar para as regras de sucessão da jurisdição na qual os ativos estão localizados. No caso de pessoas físicas estrangeiras investindo nos Estados Unidos, por exemplo, caso o patrimônio lá supere US$ 60 mil, o espólio do investidor falecido estará sujeito a um imposto de herança federal de 40%, além de possíveis impostos estaduais, conforme o tipo de ativo e o Estado onde estejam localizados”, destaca Frederico Hilzendeger, do escritório Souto Correa.

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