12 de dezembro de 2018 | 12h53
O apetite pelo risco embalou os ativos globais durante esta quarta-feira, 12, garantindo alta das bolsas e queda do dólar, embora a virada dos preços do petróleo para o negativo tirou fôlego das ações em Wall Street e no Brasil.
No Brasil, em função do bom humor externo, o real teve o melhor desempenho entre as divisas de economias emergentes, considerando uma cesta de 24 moedas, com o dólar à vista fechando aos R$ 3,8582, em queda de 1,42%. No mercado de ações, mesmo com os papéis da Petrobrás tendo hesitado após a virada do petróleo na última hora de negócios, o Ibovespa fechou em alta de 0,65%, aos 86.977,46 pontos, amparado pelos ganhos do setor financeiro.
O bom desempenho dos ativos brasileiros manteve-se amparado nas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizando disposição no diálogo com a China na questão comercial e na perspectiva de alívio na crise política do Reino Unido.
O Partido Conservador vota nesta quarta-feira moção de desconfiança à liderança da primeira-ministra Theresa May e a expectativa é de que ela consiga permanecer no cargo, o que, em especial, fortaleceu a libra.
O dólar teve queda generalizada e os rendimentos dos títulos públicos americanos estiveram menos pressionados.
Na esteira do câmbio, os juros futuros de longo prazo encerraram com queda firme no País. A ponta longa teve recuo mais modesto, refletindo o compasso de espera pelo comunicado do Copom, que confirmou mais tarde a previsão de que a Selic seria mantida em 6,50%.
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