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Fábrica da Schincariol em Itu começa a parar

Por Agencia Estado
Atualização:

A fábrica de cerveja do grupo Schincariol em Itu, a 98 quilômetros de São Paulo, começou a parar nesta terça-feira. Uma semana depois da prisão dos cinco donos e de quatro diretores, acusados de crime fiscal, a empresa continua sem dirigentes em condições de efetuar o pagamento dos fornecedores. A maior parte das entregas de matéria-prima foi suspensa. Com a redução nos estoques de matéria-prima, pelo menos 30% dos 2.700 funcionários estavam sem função. A unidade de Itu é a maior indústria cervejeira da América Latina em uma única planta. A possível paralisação total da fábrica preocupa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas e de Alimentação da Região de Campinas, Manoel Martins. "O pessoal está ficando ser ter o que fazer." Martins se reúne nesta quarta-feira, em São Paulo, com os presidentes da Federação e da Confederação dos trabalhadores do setor. O sindicato pretende realizar um ato público, esta semana, em Itu, contra o fechamento da fábrica. "É preciso que se cumpra a lei, mas também que se encontre um meio da empresa continuar funcionando." Segundo Moraes, isso pode ser feito sem prejuízo para as investigações do alegado esquema de sonegação fiscal. "Sabemos de outros casos de empresas autuadas pela Receita Federal em que não houve prisão nem paralisação." Ele se referiu à Eagle, empresa controlada pela AmBev, autuada em R$ 2,016 bilhões pela Receita Federal no primeiro trimestre deste ano. A fiscalização alegou que a empresa deixou de pagar Imposto de Renda sobre lucros obtidos no exterior. A assessoria de imprensa da AmBev informou hoje que a empresa não se considera devedora dos valores que foram levantados pela Receita. De acordo com a assessoria, os tributos cobrados já foram recolhidos na Espanha, país com o qual o Brasil tem acordo bilateral sobre tributação desde 1976.

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