Depois de registrarem queda de vendas, os fabricantes de aparelhos telefônicos residenciais trabalham com projeções mais otimistas, resultado da mudança de hábitos do consumidor. Agora, o consumidor, habituado pelo uso do celular, passa a exigir mobilidade e identificação de chamadas também para o telefone fixo, aumentando a preferência por aparelhos sem fio e mais sofisticados, capazes de permitir a utilização dos chamados serviços inteligentes. A demanda por novos aparelhos também é impulsionada pelas facilidades oferecidas pelas operadoras, que depois de cumprirem os programas de antecipação de metas e terem ficado com um estoque enorme de linhas fixas, viram na venda de serviços agregados uma fonte de receita. Telemar e Telefônica lançaram promoções para aumentar adesões a produtos como "Siga-me", "Chamada em espera" e "Conferência a três". "As operadoras precisam agregar valor à linha e esses serviços exigem aparelhos mais sofisticados", diz o gerente de marketing da Intelbrás, Leonardo Lorentz. As perspectivas otimistas para os aparelhos de telefonia estão centradas justamente nesse mercado de reposição.