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Falta coordenação entre polícias na cúpula do G-8

Veja o especial sobre o G-8

Por Agencia Estado
Atualização:

As 26 entradas da cidade de Evian, no sul da França, onde terá início amanhã a cúpula do G-8, estão fechadas, filtradas pela polícia nacional e pela gendarmaria - corpo de soldados encarregados de cuidar da segurança e da ordem pública no País. Mas como já é comum na história das polícias civil e militar em todo o mundo, nem sempre existe uma boa cooperação entre elas. É exatamente isso que está acontecendo em Evian, na divisa com a Suíça. Se a rígida segurança se justifica pela ameaça terrorista internacional, a ausência de organização não se explica tão facilmente. Entre Genebra e Lausanne, na Suíça, e a cidade francesa de Evian, os jornalistas têm enfrentado grandes dificuldades para percorrer apenas uns 40 quilômetros neste sábado. Além das medidas estritas de segurança, falta coordenação entre os serviços policiais suíços e franceses. Isso sem contar com as exigências dos agentes especiais dos chefes de estado. No desembarque em Genebra, os jornalistas que solicitaram credenciais receberam um passe que só lhes dá direito a transitar até o centro de imprensa, em Publier, a seis quilômetros de distância de Evian. Ônibus especiais funcionam de duas em duas horas para o transporte entre o aeroporto de Genebra e o porto de Lausanne. Quando o primeiro ônibus da imprensa chegou ao porto, o barco especial que faz a travessia do lago Leman já havia deixado o local. O próximo só chegou duas horas depois, sem que os jornalistas pudessem ao menos circular por Lausanne, uma cidade fantasma, abandonada por sua população. Os suíços não saem de casa para evitar problemas, já que os pacatos policiais locais estão despreparados para esse tipo de policiamento de rua. Depois de duas horas, o barco começou a travessia do lago. Chegando a Evian, nova espera até a saída do transporte para o ginásio de esportes de Publier, onde foi montado o centro de imprensa. Foram gastas mais de quatro horas durante todo o trajeto, de Genebra a Evian, onde os 3 mil jornalistas receberam finalmente suas credencias definitivas para começar a trabalhar.

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