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Falta de crédito para safra preocupa

Por AE
Atualização:

Mesmo com a antecipação de R$ 5 bilhões para o crédito rural, o Ministério da Agricultura está preocupado com a falta de recursos para plantio da safra atual. "O problema é financiamento, não demanda mundial por alimentos", contou uma fonte do ministério, para quem o problema de liquidez, apesar de grave, será resolvido nas próximas semanas. A antecipação do recurso para o Banco do Brasil (BB), principal financiador do agronegócio, foi anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Duas medidas pontuais que estão sendo avaliadas pelo Ministério da Fazenda podem "irrigar" o crédito rural com até R$ 800 milhões. A primeira é a transferência de R$ 300 milhões do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A medida diminuiria a pressão dos pequenos agricultores pelos recursos, ampliando a oferta de crédito para a agricultura empresarial. A segunda medida é ampliar em R$ 500 milhões o crédito para os agricultores de médio porte por meio do Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural). Essa linha é oferecida para agricultores com renda bruta anual de até R$ 220 mil. O limite de financiamento é R$ 100 mil, com juro de 6,25% ao ano, de acordo com o BB. Os recursos do Proger podem ser usados para qualquer finalidade, mas o objetivo do governo é, neste momento, o custeio das lavouras. Segundo outra fonte do governo, as ações serão implementadas de acordo com a necessidade. A fonte da agricultura confirmou também que há um pedido para liberação de compulsórios específicos para o crédito rural. "Há um problema de liquidez. Sem ter onde buscar dinheiro, a saída é liberar os compulsórios." A área econômica sinaliza com a liberação de R$ 5 bilhões em compulsórios para o setor agrícola. "Quanto puder vir agora é bom. Nós argumentamos que esse dinheiro seria usado em investimento produtivo. O produtor vai produzir e daqui a cinco ou seis meses esse produto está no mercado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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