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Fannie Mae e Freddie Mac refazem acordos

Por WASHINGTON
Atualização:

O Departamento do Tesouro americano vai reformular os termos do suporte financeiro oferecido há quase quatro anos à Fannie Mae e à Freddie Mac, numa tentativa de aliviar as preocupações dos investidores com a possibilidade de as empresas um dia exaurirem as linhas de crédito federais. Os termos renegociados mudarão a forma como as empresas pagam o governo e garantirão que não se tornem privadas.A Fannie Mae e a Freddie Mac são instituições de financiamento imobiliário que compram hipotecas e as transformam em ativos vendidos com a garantia de que os investidores serão reembolsados mesmo em caso de calote dos devedores. A ajuda do governo às empresas é crucial para manter o mercado hipotecário americano funcionando, pois tem permitido que os consumidores obtenham hipotecas durante a crise, muitas com taxas de juros historicamente baixas.Atualmente, a Fannie Mae e a Freddie Mac pagam 10% em dividendos ao Tesouro todos os trimestres, o que os força a tomar empréstimos do governo para pagar quando não têm lucro. No novo acordo, todos os lucros das empresas em qualquer trimestre serão tomados pelo governo como pagamento de dividendo. Nos períodos em que as empresas tiverem prejuízo, o governo não exigirá o pagamento.Os termos revisados também vão acelerar a redução das carteiras de hipotecas. As duas empresas terão de diminuir as carteiras em 15% anualmente a partir de 2013, em vez de 10% como antes. Isso significa que as carteiras, que não podem ser maiores do que US$ 650 bilhões cada no fim deste ano, cairão ao limite final de US$ 250 bilhões até 2018, quatro anos mais cedo que o programado anteriormente.O governo de George Bush assumiu o controle da Fannie Mae e da Freddie Mac em 2008, após um processo de recuperação judicial (conversatorship), quando os crescentes prejuízos acabaram com as baixas reservas de capital. O Tesouro injetou quase US$ 188 bilhões, tomando em troca ações preferenciais que pagam 10% em dividendos. A Fannie Mae e a Freddie Mac já pagaram quase US$ 46 bilhões ao governo. / DOW JONES NEWSWIRES

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