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Fase de crédito caro e escasso começa a mudar, diz Mantega

Segundo ministro da Fazenda, crédito no País cresce em direção a um volume razoável para, no futuro, sustentar o crescimento da economia brasileira

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Por Redação
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, 20, que o Brasil sempre foi um País com crédito escasso e custo financeiro muito elevado, mas esta situação, segundo ele, está em processo de mudança. "Essa foi a moldura do Brasil no passado recente. Felizmente, estamos superando essa moldura", disse. Mantega comentou que, em termos de volume, embora o crédito ainda seja escasso, ele cresce em direção a um volume razoável para, no futuro, sustentar o crescimento da economia. Para o ministro, quando a relação crédito/Produto Interno Bruto (PIB) chegar à casa dos 60%, o volume será suficiente para garantir o crescimento econômico de longo prazo. Atualmente, o crédito no País ainda está em torno dos 30%. O ministro participou de audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, na Câmara. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, também será ouvido pela comissão. Os dois foram convidados para falar sobre irregularidades atribuídas aos bancos na cobrança de tarifas e sobre a alteração na forma de cálculo da rentabilidade das cadernetas de poupança. Juros Em relação aos juros, o ministro da Fazenda lembrou que o Brasil tem sido campeão mundial dos juros, uma situação, que, segundo ele, foi herdada do passado. "Já estamos superando este problema", disse, lembrando que a taxa básica de juros, a Selic (atualmente em 12,5% ao ano), está em queda há quinze meses e que a taxa projetada pelo mercado para um ano já está ao redor de 10% ao ano. "Estamos em um patamar de juros mais condizente com o crescimento sustentável da economia", ponderou. Em relação às taxas cobradas pelos clientes do sistema financeiro, embora tenha destacado a trajetória de queda, Mantega afirmou que elas "ainda estão em patamares exagerados para a posição do Brasil". Mantega destacou a queda nos juros cobrados nas operações de crédito pessoal, por conta do avanço do crédito consignado. "Mas o juro ainda é exagerado para o consumidor brasileiro. Ainda dá para descer desse patamar, o que pode alavancar o consumo da população", disse o ministro, que também avaliou que a expansão do crédito, junto com a expansão da renda e do emprego têm sustentado a elevação do consumo na economia.

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