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Explosão dos genéricos tem tudo para continuar

Por Clayton Netz
Atualização:

Nos últimos anos, a produção e venda de medicamentos genéricos vêm crescendo de maneira geométrica no País. Em 2003, quatro anos após a promulgação da lei 9.787, que regulamentou a produção desse tipo de remédio, a comercialização de genéricos chegou a R$ 650 milhões, o equivalente a menos de 2% do faturamento da indústria farmacêutica nacional. Seis anos depois, em 2009, as receitas haviam se multiplicado por sete, batendo na casa dos R$ 4,5 bilhões.

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Em termos relativos, sua participação passou para 15% do mercado total. "Os genéricos estão assumindo a vanguarda do crescimento do setor farmacêutico no Brasil", diz Odnir Finotti, presidente da Pró Genéricos, entidade que representa laboratórios responsáveis por 90% dos negócios do segmento. "Com mais dinheiro no bolso, os brasileiros podem dar mais atenção e gastar com a sua saúde."

Segundo ele, a julgar pelos resultados do primeiro trimestre, os 91 fabricantes nacionais de genéricos podem ir antecipando a continuação dos bons resultados em 2010. Conforme levantamento da Pro Genéricos, entre janeiro e março foram vendidos 93,8 milhões de unidades, ou 31% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado. Traduzido em valores, esse volume dá um total de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 30%. "Esse ritmo tem tudo para se manter até o final do ano", afirma Finotti.

Para ele, a extinção da patente de 20 substâncias importantes, iniciada pelo Sildenafil, do Viagra, vão ajudar a turbinar as vendas de genéricos. "Serão adicionados pelo menos US$ 700 milhões de receitas ao setor", diz. No entanto, o que deverá fazer mesmo a diferença, a seu ver, será o comportamento do consumidor brasileiro. "Acesso é o nome do jogo", afirma Finotti. "Com preço baixo e produto de qualidade disponível, o pessoal de baixa renda garantirá a demanda em alta." Capaz de atender a 90% das prescrições de remédios do dia a dia, os genéricos custam, em média, 50% menos que os medicamentos de referência.

Bom para o consumidor, o genérico deverá continuar comportando-se com um elixir milagroso para os laboratórios. Como mostra a tabela, laboratórios como EMS, Medley (vendido ao francês Sanofi, em março de 2009) e Eurofarma, que ocupavam a rabeira do ranking do setor na era pré-genérico, foram catapultados para a vanguarda em menos de 10 anos. "O genérico será o grande responsável pela valorização dos laboratórios brasileiros, sobretudo dos pequenos", diz Finotti.

FRANQUIASR$ 99 mi

é o volume de negócios previsto para a 19ª edição da ABF Franchising Expo, prevista para o período de 9 a 12 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo

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HOTELARIABHG vai ampliar em 25% oferta de quartos

A Brazil Hospitality Group (BHG), controlada pelo GP Investimentos, quer expandir em 25% a capacidade de sua rede hoteleira. Para isso, a terceira maior rede de hotéis do País, atrás da Accor e da Atlantica, investirá este ano na aquisição de 1,5 mil quartos, o que eleva para 7,3 mil o número de unidades disponíveis em seus 31 hotéis - 13 próprios e 18 administrados pelo grupo. "Um terço dessa meta já foi cumprida", afirma Peter Vader, presidente da BHG. Ele se refere às recentes compras do Hotel Recife Palace, de Pernambuco, e do Hotel Internacional de Foz, de Foz do Iguaçu (PR). A BHG, cujo foco é o turismo de negócios, opera no Brasil com a bandeira da rede holandesa Golden Tulip. Vader explica a estratégia de expansão: "Depois da África do Sul, a atenção do mundo se voltará com tudo para o Brasil", diz Vader.

COMÉRCIO ELETRÔNICONotebooks lideram Dia das Mães high tech

Segundo o site de pesquisa de preços BuscaPé, os bens de consumo com maior componente tecnológico são os produtos mais procurados como opção de presente para o Dia das Mães. À frente está o notebook, seguido por outros badulaques high tech, como câmaras digitais, TVs de LED e celulares. O site também revela diferença de mais de 100% nos preços desses produtos. De acordo com a e-bit, empresa especializada em informações de comércio eletrônico, a data deve gerar R$ 620 milhões em vendas em todo o País, um acréscimo nominal de 40% sobre 2009.

DIVERSIFICAÇÃOSKF amplia negócios com monitoramento

O grupo sueco SKF, um dos maiores fabricantes de rolamentos do mundo, está expandindo seus negócios no País. Sua aposta é na área de monitoramento remoto de maquinários. Operando há dois anos, o monitoramento já responde por 10% das vendas da divisão de serviços da empresa no Brasil. Neste mês, a SKF alcançou 100 mil ativos industriais acompanhados pela internet, o dobro do registrado no ano passado.

RECUPERAÇÃOCopa e comércio valorizam brindes

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A proibição pela Anvisa, de que os laboratórios farmacêuticos ofertem mimos aos médicos, reduziu em 20% as vendas de brindes no País. "Tivemos de nos reinventar", diz Luiz Roberto Salvador, organizador da Expo Bríndice, maior feira setorial da América Latina. Uma das saídas para os quatro mil fabricantes nacionais foi apostar na produção de cornetas, bandanas, apitos, chaveiros e bolas alusivos à Copa da África. Outra foi atender ao interesse do comércio, que está utilizando brindes na promoção de seus negócios. Com isso, o setor deve fechar o ano com receitas de R$ 5 bilhões, 10% acima do registrado em 2009.

CONSULTORIAAlvarez & Marsal amplia equipe no Brasil

A consultoria americana Alvarez & Marsal, que atuou na reestruturação de empresas como Varig, Casa & Vídeo e Leader Magazine, no Brasil, está ampliando sua representação brasileira. Acaba de contratar os executivos John Koutras (ex-Visanet, Mobil Oil e Quaker) e Juan Ocerin (ex-Booz Allen, Telefônica e Globo) para seu quadro de consultores.

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