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Faturamento da indústria de embalagens cresce 20%

Por Agencia Estado
Atualização:

A receita líquida da indústria de embalagens deverá crescer cerca de 20% em 2002 em relação aos R$ 15,7 bilhões obtidos no ano passado, enquanto o volume físico terá um acréscimo de 1% a 1,5% na mesma comparação. Do total da receita, cerca de 70% virão do setor de não-duráveis, onde a indústria de alimentos se destaca ao gerar 50% do resultado. "A indústria de alimentos e bebidas é a que mais consome embalagens no setor", disse o coordenador de análises econômicas do IBRE-FGV, Salomão Quadros. Embora a taxas mais baixas, a indústria de embalagens é a única que mantém crescimento em época de crise, afirmou ele durante a palestra "Desempenho Econômico da Indústria de Embalagens: Fechamento de Primeiro Semestre e Perspectivas para o Segundo Semestre". Para se ter uma idéia, enquanto o setor de embalagens cresceu 1,11% de janeiro a julho, as embalagens destinadas aos produtos alimentares aumentaram quase três vezes mais: 3,31%. Dentro da cadeia de alimentos, o destaque ficou para embalagens direcionadas a abate de aves, com incremento de 10,84%, recorde em toda a indústria de embalagens. Aquelas destinadas ao abate de animais, com exceção de aves, também registraram excelente desempenho: alta de 8,19% até julho. Em contrapartida, as embalagens absorvidas pelo setor de leite e laticínios fecharam em queda de 4,08%, enquanto as outras indústrias alimentares encerraram o período em baixa de 0,16%. O setor de bebidas também caiu e, de janeiro a julho, fechou em queda de 3,56% na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda de acordo com o estudo, as embalagens para o setor de farmacêutica cresceram 9,03% no mesmo intervalo. De acordo com o estudo feito pelo coordenador, até julho, a produção de embalagens subiu 1,11% em relação aos primeiros sete meses do ano passado, enquanto a indústria de transformação, no mesmo período, registrou queda de 0,88%. O levantamento revelou ainda que, no período em análise, o setor líder em crescimento foi o de embalagem rígida, com alta de 11,11% em volume, seguido do de fibras naturais (+9,8%), vidros (5,16%) e embalagens flexíveis (3,61%). A maior queda foi verificada nas embalagens de madeira, que recuaram 7,66%, enquanto a área de sacos e sacolas plásticas diminuiu sua produção em 6,38% até julho. Salomão ressaltou que a receita líquida do setor em 2002 deverá manter a mesma participação por segmentos de embalagens verificada em 2000, quando data os últimos números referentes a este item. O setor de plásticos deve responder por 37,8% do faturamento, seguido por papelão, com 26,6%, e embalagens metálicas, com 21%. Papel e vidro devem ficar bem próximos, com participação de 6,4% e 6,3%, respectivamente. O lanterninha é o segmento de madeira, com 1,8% de participação. Preços O estudo elaborado por Salomão mostrou também que o setor de papel e papelão foi o que registrou maior alta de preços entre os meses de janeiro a agosto de 2002 - dados mais recentes - com acréscimo de 8,7%, seguido do de fibras naturais, com alta de 8,6%. As áreas de metálicas, embalagem total e plástica sofreram reajustes muito parecidos e variaram de 7% a 7,2%. As variações mais reduzidas foram registradas nos segmentos de madeira e vidro, cujos reajustes de preços foram de 4,9% e 2,8% respectivamente.

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